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Estado de Minas

Moro deve anunciar demissão em pronunciamento nesta sexta

Ao menos é o que se espera depois de o presidente ter demitido o diretor-geral da Polícia Federal, alvo de Bolsonaro há muitos meses e homem de confiança do ministro


postado em 24/04/2020 09:23 / atualizado em 24/04/2020 09:53


Ministro Sérgio Moro(foto: Wikipedia)
Ministro Sérgio Moro (foto: Wikipedia)

Desde que começaram os desdobramentos da pandemia, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, tem atuando de forma mais discreta. Moro fez algumas declarações envolvendo a repercussão da COVID-19 no sistema penitenciário.

Entretanto, chegou a defender o isolamento social, se solidarizando com o então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que deixou o cargo após ser fritado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Moro se juntou a Mandetta, fazendo coro também a Paulo Guedes, ministro da Economia, que já viu a repercussão de sua posição ao ser excluído, nessa quinta-feira (23), do anúncio do programa Pró-Brasil - conjunto de medidas propostas pelo governo federal para enfrentar a pandemia do coronavírus.

Militares


A ala militar no governo, cada vez maior - nessa quinta-feira (23), a secretaria-executiva do Ministério da Saúde foi entregue ao general Eduardo Pazuello-, interveio , mais uma vez, para colocar 'panos quentes' nos planos de Bolsonaro de rifar ministros que se destacam em popularidade ou em confiança de setores da opinião pública, entre eles o empresariado nacional e internacional.

Diante da declaração de Bolsonaro que pretendia substituir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo- o que acabou acontecendo, nesta sexta-feira (24), em ato publicado no Diário Oficial da União-, o general Braga Netto, ministro da Casa Civil, em coletiva à imprensa, declarou que a assessoria de imprensa do colega ministro descartou a demissão.

Na noite dessa quinta-feira, ao chegar ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro manteve o silêncio sobre o assunto. O imbróglio deverá ser resolvido ainda na manhã desta sexta-feira. Ao menos é o que se espera com o pronunciamento de Moro marcado para as 11 horas, logo após reunião com o presidente.


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