Jornal Estado de Minas

Witzel quer Moro no governo Rio


No pronunciamento em que anunciou a entrega do comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, na manhã desta sexta-feira, Sérgio Moro afirmou que vai “empacotar as coisas, “descansar um pouco e procurar emprego”. Mas parece que não será necessário buscar trabalho, pois a fama como um dos líderes da Operação Lava-Jato e como ministro já lhe garantem uma série de ofertas.



A primeira, pouco depois do anúncio do pedido de demissão, partiu do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. “Assisto com tristeza ao pedido de demissão do meu ex-colega, o Juiz Sergio Moro, cujos princípios adotamos em nossa vida profissional com uma missão: o combate ao crime. Ficaria honrado com sua presença em meu governo, porque aqui vossa excelência tem carta branca sempre”, afirmou o chefe do Executivo fluminense, por meio de publicação em rede social.

Outra opção deverá ser concorrer a cargos eletivos. Ele é cotado até mesmo como candidato a presidente em 2022, embora não tenha se pronunciado sobre essa possibilidade, até porque integrava o primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Moro diz que precisa trabalhar para garantir o sustento da família. Ao aceitar o convite para ser ministro da Justiça e Segurança Pública, em novembro de 2018, ele abriu mão do cargo de juiz de primeira instância na Justiça Federal do Paraná. 

“Abandonei a magistratura, é um caminho sem volta, vou descansar um pouco. Esses 22 anos foram de muito trabalho. Nesse período de Lava-Jato quase não tive descanso e nem durante o período em que fui ministro. Vou procurar emprego, não enriqueci como magistrado ou ministro, não fiquei rico no serviço público. Mas, independentemente de onde esteja, estarei à disposição do país. Se eu puder ajudar nesse período de pandemia com outras atitudes, o farei. Enfim, sempre respeitando o mandamento do Ministério da Justiça que é fazer a coisa certa”, disse ele.