Ex-aliados de peso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se manifestaram pelas redes sociais logo após o anúncio da saída do agora ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Pelo Twitter, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), apoiou a decisão de Moro e incentivou o início da campanha de candidatura do ex-juiz federal à Presidência da República em 2022.
“Começa agora a campanha Moro 2022! Sergio Moro mostrou sua estatura. É herói nacional. Não se alia a corruptos, não abafa investigações, não negocia com bandidos. O governo perde seu maior ativo moral. Mas o Brasil ganha o melhor candidato para a presidência da República”, defendeu a deputada federal.
Em entrevista concedida ao site DCM, na tarde dessa sexta-feira (24), o deputado federal Alexandre Frota (PSDB), primeiro aliado de Bolsonaro a deixar o governo, afirmou que o presidente não cumpre com os acordos prometidos.
“Bolsonaro precisa arrumar um culpado. Ele precisa estar o tempo todo confrontando. Precisa de um antagonista. Ele quer demitir pessoas pelo Twitter. Não cumpre com os acordos. É falso. Agora ele está comprando o centrão”, acusou Frota.
Outro a manifestar solidariedade ao ex-ministro da Justiça foi o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. No twitter, ele deixou claro a confiança depositada em Moro e o convidou para fazer parte de seu governo no estado do Rio de Janeiro.
“Assisto com tristeza ao pedido de demissão do meu ex-colega, o Juiz Federal Sergio Moro, cujos princípios adotamos em nossa vida profissional com uma missão: o combate ao crime. Ficaria honrado com sua presença em meu governo. Porque aqui, vossa excelência, tem carta branca sempre”, declarou.
O governador de São Paulo, João Doria, outro ex-aliado de Bolsonaro, lamentou o pedido de demissão do Ministério da Justiça por Sergio Moro e, consequentemente, a exoneração da magistratura.
“O Brasil perde muito com saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça. Moro mudou a história do país ao comandar a Lava Jato e colocar dezenas de corruptos na cadeia. Deu sinal de grandeza ao deixar a magistratura, para se doar ainda mais ao nosso país como ministro”.
Para Major Olímpio, líder do PSL no Senado, a última investida para trocar o diretor-geral da Polícia Federal foi a gota d’água para a queda de braço entre Bolsonaro e Moro. A saída foi vista pelo senador como uma derrota para o Brasil no combate à corrupção.
“Eu lamento pelo Brasil e pelo governo Bolsonaro. O país perde e os brasileiros também. A Justiça e a Segurança Pública vão perder demais. Força Sergio Moro, você fez o melhor para seu país. Você não caiu, e sim, saiu de cabeça em pé. Saiu aplaudido pelo povo brasileiro. Lamento pela decisão e pela perda”, manifestou o parlamentar.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa