A saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública gerou diferentes reações em figuras políticas de Minas Gerais. Para o deputado federal Cabo Junio Amaral (PSL), integrante da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso Nacional, o ex-juiz se valia da possibilidade de pedir demissão como forma de ‘chantagear’ o chefe do Executivo em prol de uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do PT de Minas Gerais, Cristiano Silveira, por sua vez, chamou de ‘delação premiada’ o teor do pronunciamento de despedida de Moro.
O estopim para a crise foi a exoneração de Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal. Moro alegou que Bolsonaro queria interferir nas investigações conduzidas pelo órgão. Nesta sexta-feira (24), o presidente disse que o ex-ministro propôs aceitar a troca no comando da PF desde que fosse indicado ao STF. Pelo Twitter, Moro negou a acusação.
Junio Amaral afirma que a suposta condição imposta pelo ex-ministro era de conhecimento dos aliados de Bolsonaro no Congresso. “Moro sabia que a saída do governo dele, dessa forma, seria uma ‘bomba’. Então, ele ficou ameaçando e chantageando o tempo todo para conseguir a vaga no STF. O presidente tentou levar até onde pôde”, afirmou.
Cristiano Silveira, que é deputado estadual, conta ter ficado surpreso com o conflito que marcou o rompimento. Ele ressaltou a necessidade de investigar as denúncias feitas pelo ex-juiz. “Moro fez confidências de tratativas que começo a chamar de ‘delação premiada’. Ele disse que Bolsonaro queria tutelar a Polícia e, ainda, que precisava de uma pensão por ter abandonado a magistratura”, comenta, em referência ao que o antigo ocupante da pasta da Justiça disse em sua despedida. Ao deixar o cargo, Moro revelou que pediu uma pensão à sua família caso algo de grave lhe ocorresse.
“Jamais deixarei de reconhecer os trabalhos feitos por Moro, principalmente enquanto juiz. Bolsonaro também reconhece isso, mas a maneira como ele escolheu sair foi a mais injusta possível. Se as acusações que ele apresenta são verdadeiras, por qual motivo não mostrou isso antes?”, questionou.
O estopim para a crise foi a exoneração de Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal. Moro alegou que Bolsonaro queria interferir nas investigações conduzidas pelo órgão. Nesta sexta-feira (24), o presidente disse que o ex-ministro propôs aceitar a troca no comando da PF desde que fosse indicado ao STF. Pelo Twitter, Moro negou a acusação.
Junio Amaral afirma que a suposta condição imposta pelo ex-ministro era de conhecimento dos aliados de Bolsonaro no Congresso. “Moro sabia que a saída do governo dele, dessa forma, seria uma ‘bomba’. Então, ele ficou ameaçando e chantageando o tempo todo para conseguir a vaga no STF. O presidente tentou levar até onde pôde”, afirmou.
Cristiano Silveira, que é deputado estadual, conta ter ficado surpreso com o conflito que marcou o rompimento. Ele ressaltou a necessidade de investigar as denúncias feitas pelo ex-juiz. “Moro fez confidências de tratativas que começo a chamar de ‘delação premiada’. Ele disse que Bolsonaro queria tutelar a Polícia e, ainda, que precisava de uma pensão por ter abandonado a magistratura”, comenta, em referência ao que o antigo ocupante da pasta da Justiça disse em sua despedida. Ao deixar o cargo, Moro revelou que pediu uma pensão à sua família caso algo de grave lhe ocorresse.
‘Pior momento’
Na visão de Junio Amaral, Moro pediu demissão no ‘pior momento’ possível, por causa da crise econômica e sanitária imposta pela pandemia do novo coronavírus. Ele diz, ainda, que o ex-ministro não teve ‘ética’ ao fazer as acusações ao presidente.“Jamais deixarei de reconhecer os trabalhos feitos por Moro, principalmente enquanto juiz. Bolsonaro também reconhece isso, mas a maneira como ele escolheu sair foi a mais injusta possível. Se as acusações que ele apresenta são verdadeiras, por qual motivo não mostrou isso antes?”, questionou.
Autonomia à PF
Ao explicar as razões para o desligamento do posto, Moro disse que a autonomia prometida por Bolsonaro não estava sendo cumprida. Segundo ele, o presidente queria acessar até mesmo relatórios confidenciais. Ao comentar a saída do ex-juiz, o deputado federal Fábio Ramalho (MDB-MG) pediu apuração das denúncias, mas destacou a necessidade de um mecanismo legal que garanta liberdade de atuação à Polícia Federal.O deputado federal Marcelo Aro (PP-MG) considerou equivocada a forma como Jair Bolsonaro conduziu a exoneração de diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e a crise com o ex-ministro Sergio Moro. Em meio à pandemia do coronavírus, ele esperava mais serenenidade do presidente.
“Em relação à saída do Moro, minha opinião é que o presidente tem agido de uma maneira um pouco atabalhoada. Ele poderia fazer o que quer, mas com jeito, da maneira correta, no tempo correto. Avalio que ele fez no tempo errado, do jeito errado e da forma errada. A gente roga para que, de fato, o presidente tenha um pouquinho mais sensibilidade para ver o momento em que estamos vivendo, a crise do coronavírus, e que possa juntar forças para superar a crise e não agravar a crise”, comentou Aro.