Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ocupam a Esplanada dos Ministérios desde a manhã deste domingo (26/4) para fazer um protesto a favor do mandatário brasileiro e contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusado há algumas semanas pelo próprio Bolsonaro de tramar um golpe para retirá-lo do poder.
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Os protestantes utilizam carros de som para reproduzir discursos de Bolsonaro e para os anúncios de líderes do movimento. A maioria dos participantes pedem a saída de Maia da presidência da Câmara e também quer o afastamento do presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro também foi alvo de críticas. Os apoiadores de Bolsonaro o acusam de traição por ter deixado o governo federal na última sexta-feira (24/4), quando revelou que o presidente da República já quis interferir em investigações da Polícia Federal e que ele gostaria de nomear um novo diretor-geral para a corporação a fim de ter mais acesso a inquéritos em aberto na PF.
Um dos responsáveis pelo ato deste domingo, o comandante Winston Lima, do Bloco Movimento Brasil, comentou que a manifestação tem como objetivo "demonstrar a todos os brasileiros e ao mundo que o povo está fechado com o Bolsonaro". "Ele merece ter todo o nosso apoio, sobretudo em um momento tão delicado para o país e em que ele foi covardemente traído por um dos seus principais aliados", disse.
Devido à carreata, a Polícia Militar do DF interditou alguns trechos da Esplanada para impedir o acesso dos manifestantes. Os participantes que seguem na via S1, sentido Congresso, são instruídos a fazer o retorno na Avenida das Bandeiras. Eles não podem descer em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF) e nem se aglomerar em frente ao Palácio do Planalto.