O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, usou o Twitter, neste domingo, para afirmar que tem sido vítima de fake news disseminadas após oficializar a saída do governo federal. Ao pedir demissão, Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de tentar interferir na atuação da Polícia Federal.
“Tenho visto uma campanha de fake News nas redes sociais e em grupos de WhatsApp para me desqualificar. Não me preocupo; já passei por isso durante e depois da Lava Jato. Verdade acima de tudo. Fazer a coisa certa acima de todos”, escreveu o ex-juiz.
Simpatizantes do governo têm utilizado uma foto do ano passado, que conta, além de Moro, com o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a ex-líder do governo federal no Parlamento, Joice Hasselman (PSL-SP), para alimentar fake news. As mensagens insinuam que o ex-ministro se aproximou dos deputados recentemente para conspirar contra o chefe do Executivo.
Maia e Bolsonaro têm tido atritos recentes. No último deles, o presidente chegou a classificar como ‘péssima’ a atuação do líder da Câmara Federal no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Antiga aliada do presidente, Joice disse, na semana passada, que Bolsonaro não respeita a democracia, as instituições e as liberdades. O comentário foi feito após o presidente participar, em Brasília, de uma manifestação que defendia o Ato Institucional 5, mais duro decreto editado durante a ditadura militar.
Neste domingo, a deputada, também pelo Twitter, comentou o post de Moro. “Verdade acima de tudo!!! A máquina de destruir reputações - agora palaciana/miliciana - tem sempre o mesmo modus operandi. Tentam jogar biografias na lama e atingir a família de quem considera desafeto. São covardes. Não conseguirão desta vez”, afirmou.
“Já que dizem que uma foto diz muito, espero destes acusadores, que valha para todos”, postou Carlos.
Nesse sábado, a Folha de S. Paulo revelou que a Polícia Federal concluiu que Carlos Bolsonaro atua como articulador de um esquema de notícias falsas, direcionado ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No mesmo dia, Bolsonaro rebateu, fazendo menção aos vazamentos de mensagens trocadas por integrantes da força-tarefa envolvida na Operação Lava Jato: "A Vaza Jato começou em junho de 2019. Foram vazamentos sistemáticos de conversas de Sérgio Moro com membros do MPF. Buscavam anular processos e acabar com a reputação do ex-juiz. Em julho, PT e PDT pediram prisão dele. Em setembro, cobravam o STF. Bolsonaro, no desfile, fez isso", diz a mensagem, que legendava uma foto dele ao lado de Moro.
Moro deixou o governo dizendo que o presidente queria vê-lo "fora do governo". O estopim para a eclosão da crise foi a exoneração de Maurício Valeixo da diretoria-geral da PF.
Com informações da Agência Estado.
Tenho visto uma campanha de fake News nas redes sociais e em grupos de whatsapp para me desqualificar. Não me preocupo; já passei por isso durante e depois da Lava Jato. Verdade acima de tudo. Fazer a coisa certa acima de todos
%u2014 Sergio Moro (@SF_Moro) April 26, 2020
“Tenho visto uma campanha de fake News nas redes sociais e em grupos de WhatsApp para me desqualificar. Não me preocupo; já passei por isso durante e depois da Lava Jato. Verdade acima de tudo. Fazer a coisa certa acima de todos”, escreveu o ex-juiz.
Simpatizantes do governo têm utilizado uma foto do ano passado, que conta, além de Moro, com o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a ex-líder do governo federal no Parlamento, Joice Hasselman (PSL-SP), para alimentar fake news. As mensagens insinuam que o ex-ministro se aproximou dos deputados recentemente para conspirar contra o chefe do Executivo.
Maia e Bolsonaro têm tido atritos recentes. No último deles, o presidente chegou a classificar como ‘péssima’ a atuação do líder da Câmara Federal no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Antiga aliada do presidente, Joice disse, na semana passada, que Bolsonaro não respeita a democracia, as instituições e as liberdades. O comentário foi feito após o presidente participar, em Brasília, de uma manifestação que defendia o Ato Institucional 5, mais duro decreto editado durante a ditadura militar.
Neste domingo, a deputada, também pelo Twitter, comentou o post de Moro. “Verdade acima de tudo!!! A máquina de destruir reputações - agora palaciana/miliciana - tem sempre o mesmo modus operandi. Tentam jogar biografias na lama e atingir a família de quem considera desafeto. São covardes. Não conseguirão desta vez”, afirmou.
Carlos Bolsonaro se manifesta
A foto do encontro entre Moro, Joice e Maia foi postada, também, por Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador do Rio de Janeiro e filho do chefe do Executivo. Publicada ao lado de outra imagem, onde o ex-ministro conversa com o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), o registro tem, ainda, as presenças do ex-presidente Michel Temer (MDB) e de Geraldo Alckmin (PSDB), ex-governador de São Paulo.“Já que dizem que uma foto diz muito, espero destes acusadores, que valha para todos”, postou Carlos.
Já que dizem que uma foto diz muito, espero destes acusadores, que valha para todos: %uD83E%uDD14 pic.twitter.com/tL1dcrtcOP
%u2014 Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) April 26, 2020
Nesse sábado, a Folha de S. Paulo revelou que a Polícia Federal concluiu que Carlos Bolsonaro atua como articulador de um esquema de notícias falsas, direcionado ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Troca de farpas
O ex-juiz tem sido ativo nas redes sociais desde que deixou o governo. Nesse sábado, Moro compartilhou uma campanha feita pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). "Faça a coisa certa, pelos motivos certos e do jeito certo" foi o lema de campanha de integridade que fizemos logo no início no MJSP", pontuou.No mesmo dia, Bolsonaro rebateu, fazendo menção aos vazamentos de mensagens trocadas por integrantes da força-tarefa envolvida na Operação Lava Jato: "A Vaza Jato começou em junho de 2019. Foram vazamentos sistemáticos de conversas de Sérgio Moro com membros do MPF. Buscavam anular processos e acabar com a reputação do ex-juiz. Em julho, PT e PDT pediram prisão dele. Em setembro, cobravam o STF. Bolsonaro, no desfile, fez isso", diz a mensagem, que legendava uma foto dele ao lado de Moro.
Moro deixou o governo dizendo que o presidente queria vê-lo "fora do governo". O estopim para a eclosão da crise foi a exoneração de Maurício Valeixo da diretoria-geral da PF.
Com informações da Agência Estado.