O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou na noite desta terça-feira (28) sobre o aumento expressivo no número de mortes no Brasil por causa do coronavírus. Os óbitos chegam a 5.017, ultrapassando a China, marco zero da pandemia, com 4.643 pessoas que perderam a vida. Perguntado sobre os dados, Bolsonaro disse que ‘não faz milagre’.
Bolsonaro voltou a falar que 70% da população irá contrair a doença e que nunca negou que não houvesse mortes no Brasil pela COVID-19. O presidente disse que, ‘apesar de ser Messias, que não fazia milagre’, fazendo uma alusão ao seu sobrenome.
“E daí? Lamento, quer que faça o quê? Eu sou Messias, mas eu não faço milagre. As mortes de hoje, a princípio, foram de pessoas infectadas há duas semanas. É o que eu digo para vocês. Infelizmente o vírus vai atingir 70% da população. É a realidade. Mortes ninguém negou que haveriam”, afirmou Bolsonaro.
O presidente também voltou a bater na tecla da economia, afirmando, mais uma vez, que a consequência do coronavírus será o desemprego, caso o comércio não reabra. Além disso, Bolsonaro falou sobre a situação dos cadastros em análise para o auxílio emergencial de R$ 600 que, segundo ele, deve impactar as contas públicas em R$ 100 bilhões.
“(O impacto) Deve chegar na casa de R$ 100 bilhões. Pesa para a gente, mas essa conta terá que ser paga lá na frente. Demos dinheiro a quem não tinha voz, que são os informais. Demos espaço para eles. A Caixa fez milagre, praticamente, conseguindo criar contas em tempo recorde. Algumas pessoas reclamam que estão ‘em análise’. Tem os critérios”, concluiu.