O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou, na noite desta terça-feira (28), sobre a determinação judicial que o intimou a mostrar o resultado do exame para coronavírus em até 48 horas, contadas a partir dessa segunda (27). Bolsonaro alegou que há ‘lei que garante o anonimato’ e ressaltou que não contraiu a COVID-19.
Bolsonaro disse que tem o hábito de fornecer um nome fantasia em seus exames e remédios manipulados. O presidente afirmou que desde 2010 ele vem seguindo o costume por causa do aumento de sua popularidade.
Bolsonaro disse que tem o hábito de fornecer um nome fantasia em seus exames e remédios manipulados. O presidente afirmou que desde 2010 ele vem seguindo o costume por causa do aumento de sua popularidade.
“Eu já tive receita em farmácia de manipulação. Eu sempre falei com o médico: “Bote o nome de fantasia”. Já era manjado (o nome Jair Bolsonaro), principalmente em 2010, quando comecei a aparecer muito. Alguém pode fazer uma coisa esquisita. E assim foi todo exame que eu fiz. Da minha parte não tem problema mostrar, mas eu quero mostrar que eu tenho o direito de não mostrar. Daqui a pouco querem saber se eu sou virgem, ou não. Vou ter que mostrar o exame de virgindade para vocês”, disse.
Bolsonaro disse também que ‘há lei que garante o anonimato’, sem apresentar o número e nem o artigo. “Infelizmente eu não tenho aqui o número da lei e nem o artigo. Mas se estivermos com Aids, por exemplo, a lei nos garante o anonimato. Por que para mim tem que ser diferente? Vocês não me viram aqui rastejando, com coriza. Eu não tive”, concluiu.
A determinação judicial é fruto de uma ação ajuizada pelo jornal O Estado de São Paulo. Com isso, a União terá 48 horas, que começaram a ser contadas nessa segunda, para fornecer “os laudos de todos os exames” feitos pelo presidente da República para identificar a infecção ou não pelo novo coronavírus. Até o momento, Bolsonaro disse que todos os exames deram negativos, se recusando a divulgá-los.