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Bolsonaro: mortes por COVID-19 devem ser direcionadas a governadores e prefeitosBolsonaro sobre aumento de mortes por COVID-19 no Brasil: 'E daí? Lamento, quer que eu faça o quê?''E daí?': termo está em outras declarações polêmicas de Bolsonaro"Número de mortos vítimas do coronavírus no Brasil cresce de forma expressiva, infelizmente. Passamos de cinco mil mortos. Há uma incerteza em relação à evolução da pandemia. Cuide-se! Se não puder ficar em casa, tome cautelas ao sair", destacou Moro.
Culpa
O comentário do ex-juiz e também ex-ministro acontece um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) culpar governadores e prefeitos pelas mortes da COVID-19, tendo em vista as políticas de isolamento social.
A quarentena é uma recomendação sugerida por autoridades médicas e sanitárias do mundo inteiro como medida para evitar um colapso do atendimento sistema de saúde.
A declaração de Moro vem também dois dias depois depois de Bolsonaro afirmar "e daí?", ao ser questionado pela mortandade entre brasileiros pela COVID-19.
Avesso
A mensagem de Moro é o avesso do que vem defendendo o presidente desde o início da epidemia do coronavírus no país. Bolsonaro é contrário ao isolamento social. Para ele, devem fazer quarentena apenas as pessoas que estão no grupo de risco.
Ônus da prova
De forma direta, nessa quinta-feira, em entrevista à imprensa, na portaria do Palácio da Alvorada, o presidente mencionou o seu ex-ministro.
De acordo com o presidente, ao repercutir a troca no comando da Polícia Federal, "o ônus da prova cabe a quem acusa."
Em pronunciamento, na sexta-feira passada (24), ao pedir demissão do cargo, Moro disse que deixava o governo porque não admitia o desejo do presidente de interferir na Polícia Federal na troca do comando da corporação.
Bolsonaro rebateu as acusações de seu ex-ministro dizendo que Moro, na verdade, fazia da indicação do comando da PF moeda de troca para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.