
O ex-ministro foi ouvido pela delegada Cristiana Correia Machado. O depoimento também foi acompanhado por três procuradores da Procuradoria Geral da República (PGR). Moro detalhou provas da acusação de que Bolsonaro estaria interferindo poltiicamente na Polícia Federal. A denúncia veio à tona quando decidiu deixar o governo, no dia 24 de abril, após a exoneração de Maurício Valeixo, na época, diretor da Polícia Federal.
Moro também acusou Bolsonaro de tentar acessar documentos privativos da PF. Segundo especialistas em Direito, as atitudes de Bolsonaro podem configurar crimes de responsabilidade e crimes comuns, como falsidade ideológica, advocacia administrativa e obstrução à Justiça.
O ex-ministro chegou à Superintendência por volta das 14h e acessou o prédio por uma porta lateral, driblando a imprensa e manifestantes que se aglomeravam no local. Mais cedo, apoiadores de Bolsonaro e dissidentes – que agora se declaram antibolsonaristas pró-Moro – aguardavam sua chegada aos gritos de "mito" e "Moro". Houve confronto entre os manifestantes e jornalistas chegaram a ser agredidos.