(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POLÍTICA

Bolsonaro indica que desistiu de Ramagem e dá indireta ao STF: 'Chegamos ao limite, não tem mais conversa'

Segundo o presidente, um novo nome será indicado para o comando da Polícia Federal nesta segunda


postado em 03/05/2020 13:27 / atualizado em 03/05/2020 14:03

Jair Bolsonaro, presidente da República(foto: Evaristo Sá/AFP)
Jair Bolsonaro, presidente da República (foto: Evaristo Sá/AFP)

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), deu a entender que desistiu de recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal.

Durante manifestação em frente ao Palácio do Planalto na tarde deste domingo, Bolsonaro disse que nomeará um novo chefe para a PF na segunda-feira.

O presidente ainda deu uma espécie de ultimato aos demais poderes da República – Judiciário e Legislativo – com quem tem se desentendido nas últimas semanas, especialmente com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e com o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

“Vamos tocar o barco. Peço a Deus que não tenhamos problemas esta semana. Porque chegamos no limite. Não tem mais conversa. Daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição. Ela será cumprida a qualquer preço. E ela tem dupla mão, não é de um lado só não. Amanhã nomeamos novo diretor da PF e o Brasil segue seu rumo”, afirmou o presidente.

A indicação de Alexandre Ramagem para a direção da PF foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes sob o argumento de que houve desvio de finalidade na nomeação.

Isto porque, com base nas afirmações do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, haveria indícios de que Bolsonaro usaria o cargo para coletar informações de processos, conforme.

Além disso, Ramagem é amigo dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro. Ambos estão na mira de investigações recentes da PF e da CPI das 'fake news'.

Forças Armadas

Depois de vários abalos ao governo, como a saída de dois importantes ministros – Luiz Henrique Mandetta, da Saúde e Sergio Moro, da Justiça – e perda do apoio de diversos ferrenhos defensores de outrora, como a deputada Joice Hasselmann (PSL), do Movimento Brasil Livre (MBL), dos governadores do Rio de Janeiro e de São Paulo, Wilson Witzel e João Doria, Bolsonaro se apega cada vez mais ao núcleo duro de seus seguidores.

Ao final da manifestação, Bolsonaro ainda citou, inclusive, que as Forças Armadas estão com ele.

“Encerrando aqui um movimento espontâneo em Brasília, com a certeza que o povo quer realmente está ao lado da verdade, do desenvolvimento, da democracia e da honestidade. O Poder Executivo está unido no principal propósito de tirar o Brasil da situação que se encontra. O povo está conosco, as Forças Armadas do lado da lei e da ordem, democracia e liberdade também estão conosco. E Deus acima de tudo. 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)