Um dia depois de participar de manifestações contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, o presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu, na segunda-feira, 4, no Palácio do Planalto, o tenente-coronel da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o "Major Curió", de 85 anos. O agente da repressão durante a ditadura militar atuou no combate à Guerrilha do Araguaia, no sudeste paraense, nos anos 70.
Numa foto do encontro no Palácio, que não estava previsto na agenda oficial, Bolsonaro sorri ao conversar com o militar reformado, por sua vez sentado em uma cadeira de rodas. A informação foi publicada pelo jornalista Rubens Valente, colunista do site UOL.
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade, de 2014, relacionou o Major Curió como um dos 377 agentes do Estado brasileiro que praticaram crime contra os direitos humanos na ditadura.
Para o Ministério Público Federal (MPF), os crimes atribuídos ao Major Curió são de lesa-humanidade. Portanto, alheios à prescrição e à anistia.
Ele e outros militares discordam e buscam enquadrar as acusações à Lei da Anistia, de 1979.
Herzog
O juiz federal Alessandro Diaferia, da 1.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, rejeitou denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra seis pessoas acusadas de participar da morte e falsificação de laudo médico do jornalista Vladimir Herzog.
O caso ocorreu em 1975 na sede do DOI-Codi em São Paulo durante a ditadura militar.
Os denunciados eram: o comandante Audir Santos Maciel, os chefes de comando da 2.ª seção do Estado-Maior do II Exército José Barros Paes e Altair Casadei, os médicos legistas Harry Shibata e Arildo de Toledo Viana e o representante do Ministério Público Militar responsável pelo caso, Durval Ayrton Moura de Araújo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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