Não é de hoje que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), rivalizam para assumir o protagonismo na política mineira.
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Kalil diz que Mineirão não terá hospital devido a desacordo com secretário de Zema: 'Proposta imoral, indecorosa e politiqueira'Kalil rebate Zema e reacende polêmica criada por conta da pandemia: 'Preciso de um governador de palavra'Após elogiar Zema, Kalil muda o tom, diz que governo 'recuou' e promete 'medidas solitárias' contra o coronavírusEm resposta a Kalil, Zema anuncia novos leitos de UTISServidores da Saúde e da Segurança de Minas receberão integralmente em 15 de maioNesta quarta-feira (6), mais um round dessa luta poderá ser assistida a partir das 13h30, no Alterosa Agora, em entrevista exclusiva com o governador.
Zema responde aos últimos ''golpes'' do ringue da política, desferidos, nessa terça-feira (5), por Kalil.
"Peço que ajudem o interior. Não estou aqui fazendo demagogia. Ajudando o interior, estarão protegendo BH”, afirmou o prefeito, durante coletiva à imprensa, ao reclamar da busca da população do interior do estado por leitos hospitalares na capital.
"Me causa estranheza até porque o único hospital de campanha que construímos com 800 leitos foi aqui na capital", reagiu Zema em entrevista ao Alterosa Agora.
Liderança
No dia anterior, nessa segunda-feira (4), em reunião da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel), Kalil destacou que os prefeitos da Região Metropolitana reclamaram da falta de liderança para enfrentar a crise provocada pelos desdobramentos da pandemia do coronavírus no estado.
“Eles reclamam de falta de liderança, mas eu não vou liderar porque sou prefeito igual a eles. Eu sou prefeito de BH e eles são prefeitos igual a mim. As cidades podem ser menores, mas o problema é igual”, disse Kalil. Mais uma vez, Zema rebateu Kalil: " Exato, sou governador de Minas e não prefeito de Belo Horizonte".
Gabinete do ódio
Segundo Kalil, o objetivo da reclamação não é o fragilizar ainda mais o estado, que conta com um rombo no caixa e vem lutando para colocar em dia os salários dos servidores: "É uma vitória mais que certa. Mas adianta pegar dinheiro para Belo Horizonte para prejudicar o governo de Minas? Não é intenção. Aqui não tem gabinete do ódio".