Jornal Estado de Minas

''Gabinete do ódio''

Zema responde Kalil em entrevista exclusiva ao Alterosa Agora


Não é de hoje que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), rivalizam para assumir o protagonismo na política mineira.


Desde março passado, a pandemia do coronavírus no estado tem servido como fermento para a rivalidade entre os dois.

Nesta quarta-feira (6), mais um round dessa luta poderá ser assistida a partir das 13h30, no Alterosa Agora, em entrevista exclusiva com o governador.

Zema responde aos últimos ''golpes'' do ringue da política, desferidos, nessa terça-feira (5), por  Kalil.

"Peço que ajudem o interior. Não estou aqui fazendo demagogia. Ajudando o interior, estarão protegendo BH”, afirmou o prefeito, durante coletiva à imprensa, ao reclamar da busca da população do interior do estado por leitos hospitalares na capital.

"Me causa estranheza até porque o único hospital de campanha que construímos com 800 leitos foi aqui na capital", reagiu Zema em entrevista ao Alterosa Agora.



Liderança


No dia anterior, nessa segunda-feira (4), em reunião da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel), Kalil destacou que os prefeitos da Região Metropolitana reclamaram da falta de liderança para enfrentar a crise provocada pelos desdobramentos da pandemia do coronavírus no estado.


“Eles reclamam de falta de liderança, mas eu não vou liderar porque sou prefeito igual a eles. Eu sou prefeito de BH e eles são prefeitos igual a mim. As cidades podem ser menores, mas o problema é igual”, disse Kalil. Mais uma vez, Zema rebateu Kalil: " Exato, sou governador de Minas e não prefeito de Belo Horizonte".

Gabinete do ódio


Segundo Kalil, o objetivo da reclamação não é o fragilizar ainda mais o estado, que conta com um rombo no caixa e vem lutando para colocar em dia os salários dos servidores: "É uma vitória mais que certa. Mas adianta pegar dinheiro para Belo Horizonte para prejudicar o governo de Minas? Não é intenção. Aqui não tem gabinete do ódio".