O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, foi infectado pelo novo coronavírus. O diagnóstico dele foi confirmado pela Secretaria de Comunicação do governo federal, nesta quarta-feira (6/5).
Rêgo Barros tem 59 anos de idade. De acordo com a equipe do porta-voz, ele foi afastado das suas funções no Palácio do Planalto e está cumprindo quarentena, em casa, mas sem ter apresentado nenhum dos sintomas da COVID-19.
A mesma informação foi divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. "O Porta-Voz testou positivo para COVID 19, está em casa cumprindo a quarentena e passa bem", informou a secretaria, por meio de nota oficial.
Nos últimos meses, outros integrantes do governo federal foram diagnosticados com a doença. A maioria contraiu o novo coronavírus após a viagem do presidente Jair Bolsonaro, em março, aos Estados Unidos: 23 pessoas que acompanharam o mandatário tiveram COVID-19.
Alguns dos infectados foram o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Rêgo Barros não participou da viagem oficial.
Por conta dos diagnósticos dos membros da comitiva, Bolsonaro teve de se submeter a exames para saber se também tinha sido infectado. O presidente realizou dois procedimentos e testou negativo em ambas as checagens, segundo ele.
Apesar disso, Bolsonaro nunca tornou público os resultados. Apesar dos pedidos da imprensa, o presidente sempre alegou que não era obrigado a revelar os seus exames. Mas no fim do mês passado o jornal Estadão conseguiu na Justiça Federal uma liminar que o obrigava a divulgar os "laudos de todos os exames" feitos por ele, em um período de 48 horas.
A Advocacia-Geral da União (AGU) tentou reverter a decisão. Sem sucesso, o órgão apresentou à Justiça apenas relatórios médicos. Os documentos não foram considerados válidos e o governo teve mais 48 horas para divulgar os resultados dos exames de Bolsonaro.
O prazo, que terminaria no último sábado (2/5), acabou sendo suspenso por cinco dias pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). Agora, cabe ao relator do caso no tribunal, desembargador André Nabarrete, decidir se dá seguimento à decisão.