O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, comentou, pelo Twitter, a decisão da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que negou os recursos apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A citação a “os que acreditam nas fake news” pode ser uma indireta à família Bolsonaro – ex aliados e agora desafetos de Moro após sua saída do Ministério da Justiça.
No dia 25 de março, o nome de Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente Jair Bolsonaro, foi citado como sendo identificado pela Polícia Federal como articulador de um esquema criminoso de fake news.
Apesar das negativas de pai e filho, a época da vinculação de Carlos à propagação de notícias falsas coincide com a época em que Moro deixou o governo – 24 de março. Ao deixar a pasta, Moro justificou que sua saída se devia às insistentes tentativas do presidente da República de interferir politicamente na Polícia Federal, principalmente para substituir o então diretor-geral Maurício Valeixo por Alexandre Ramagem, amigo de Carlos Bolsonaro.
Apesar das negativas de pai e filho, a época da vinculação de Carlos à propagação de notícias falsas coincide com a época em que Moro deixou o governo – 24 de março. Ao deixar a pasta, Moro justificou que sua saída se devia às insistentes tentativas do presidente da República de interferir politicamente na Polícia Federal, principalmente para substituir o então diretor-geral Maurício Valeixo por Alexandre Ramagem, amigo de Carlos Bolsonaro.
Operação Lava-Jato
A sentença que determinou a pena de prisão de Lula, no caso do sítio de Atibaia-SP, foi proferida pela juíza Gabriela Hardt, e não por Moro. Contudo, ele atuou em boa parte do processo. Quando era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Moro aceitou a denúncia contra o ex-presidente e participou da fase de instrução do processo (fase de produção de provas, quando são apresentados documentos, ouvidas testemunhas e realizadas as perícias, se necessárias).
Lula foi condenado a 17 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do sítio de Atibaia. Em janeiro de 2018, o mesmo TRF-4 condenou o ex-presidente a 12 anos de prisão no processo do tríplex do Guarujá-SP e determinou a prisão do petista para início do cumprimento provisório da pena, assim que esgotado os recursos no tribunal. A pena do processo do triplex foi reduzida para 9 anos, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento no ano passado.