Nesta quinta-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) surpreendeu e foi até o Supremo Tribunal Federal (STF) com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e vários empresários, causando aglomeração. Mas, se o cenário fosse a Câmara dos Deputados, não iria ter reunião. É o que garantiu o presidente da casa, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ).
Perguntado se autorizaria a entrada de Bolsonaro com os empresários na Câmara dos Deputados, Maia foi categórico ao dizer que apenas o presidente entraria na casa. O parlamentar afirmou que não está permitindo a formação de aglomeração por causa da pandemia do coronavírus.
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“Presidente, com o maior prazer recebo o senhor, sozinho. Não o recebo com grupo de empresários. No máximo, dois ou três empresários, uma reunião com três, quatro ou cinco pessoas, no máximo, que é o número que a sociedade compreenderá numa reunião. Um número grande daqueles, acho que a sinalização é muito ruim para a sociedade brasileira”, concluiu.
Reunião no STF
Nesta manhã, acompanhado de empresários de vários setores, o presidente Jair Bolsonaro atravessou a Praça dos Três Poderes em Brasília a pé para uma reunião no gabinete do presidente do STF. O encontro foi marcado de última hora e não estava previsto na agenda do ministro Dias Toffoli.
A reunião foi transmitida ao vivo pelas redes sociais de Jair Bolsonaro, que pediu ao presidente do STF ajuda para amenizar as medidas restritivas nos estados. Toffoli, porém, reiterou a autonomia dos estados e municípios para decidir medidas de isolamento social e sugeriu que ele dialogasse com governadores e prefeitos.
Bolsonaro ainda estava acompanhado de ministros, entre os quais, Walter Souza Braga Netto, da Casa Civil, Fernando Azevedo e Silva, da Defesa, e Paulo Guedes, da Economia.
O senador e filho do presidente da República, Flávio Bolsonaro (Republicanos/RJ), e o deputado Hélio Lopes (PSL/RJ) também faziam parte do grupo.