Cantor Ferrugem @FerrugemOficial preocupa-se com trabalhadores e puxa a orelha de DÓRIA em live: "o trabalhador hoje está sendo visto como bandido (...) então governador de SP, pelo amor de Deus, não faz mais isso não!"
— Eduardo Bolsonaro%uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7 (@BolsonaroSP) May 8, 2020
Cantor tb reclamou do monitoramento de celulares. pic.twitter.com/Nc2dSM5uiJ
“Esse negócio de monitoramento em celulares é uma palhaçada. Tenho que falar. Ninguém faz monitoramento no presídio — onde um monte de bandidos falam ao celular — e a gente, que é cidadão de bem, tem que ser monitorado”, protestou o artista.
Ao resgatar o trecho do show, Eduardo Bolsonaro classificou as falas de Ferrugem como um “puxão de orelha” em Doria. Em outro momento, o cantor critica prisões de pessoas por conta do descumprimento do isolamento. Dias antes, em Araraquara, no interior paulista, uma mulher havia sido detida por violar decreto municipal que proibia a utilização de praças e parques em virtude da pandemia.
“Senhor governador de São Paulo, pelo amor de Deus, não faça mais isso. Você não pode pedir para que o policiamento vá atrás do trabalhador e bote ele dentro de casa se o senhor não tem a coragem de mandar cestas básicas para ajudar as famílias”, opinou Ferrugem.
Antes de mencionar a atuação das forças de segurança, o cantor cita uma “inversão de valores”. “Se você puder, fique em casa. Se você não puder, vá à luta. Trabalhar nunca foi vergonha para ninguém. Está havendo, na internet e na mídia, uma inversão dos valores, e o trabalhador tem sido visto como bandido”, comentou.
SP pode chegar a 11 mil mortes
Nesta sexta-feira, o Executivo estadual anunciou a prorrogação da quarentena até 31 de maio. Projeções do governo indicam que São Paulo pode, até o fim deste mês, ultrapassar a marca de 11 mil vítimas fatais da infecção. Há a chance, também, de um salto para 100 mil no número de confirmações. Os possíveis números foram citados pelo coordenador interino do Centro de Contingência do Coronavírus e presidente do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas.Dimas ocupa, provisoriamente, o posto que era do médico infectologista David Uip. Ele está afastado do cargo justamente por ter contraído a COVID-19.