A Câmara de BH deverá retomar suas atividades nesta segunda-feira (11). O retorno será possível depois que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) derrubou liminar da juíza Simone Lemos Boton, que havia deferido mandado de segurança protocolado pelos vereadores Arnaldo Godoy (PT), Gilson Reis (PCdoB) e Pedro Patrus (PT).
Leia Mais
Vereadores divergem sobre retorno de reuniões na Câmara de BHBancada cristã da Câmara de BH quer flexibilização da quarentena nas igrejasLiminar determina suspensão da reabertura da Câmara Municipal de BH
De acordo com a Câmara, o retorno "está em consonância com as orientações atualmente em vigor da Anvisa e das autoridades sanitárias para combate à pandemia".
Conforme deliberação da Casa Legislativa, as reuniões, tanto das comissões quanto as extraordinárias, deverão acontecer das 9h às 15h. O acesso será restrito aos vereadores, fotógrafos e cinegrafistas ligados à imprensa. O mesmo vale para servidores da Câmara que trabalham nas agendas.
Além disso, a mesa diretora só será ocupada por aqueles que secretariam ou presidem a reunião. Quem preferir não se deslocar à Câmara de BH poderá participar das atividades de maneira remota.
As participações à distância serão públicas: todas postadas nas redes sociais da Casa e no site institucional.
Reuniões à parte, jornalistas, assessores de entidades públicas, fornecedores e empregados que prestam serviço à Câmara, em escala mínima, poderão entrar nas dependências do prédio localizado na Avenida dos Andradas.
O mesmo vale para servidores, estagiários, trabalhadores mirins e terceirizados.
A restrição à presença das demais, porém, não se aplica a pessoas convocadas ou convidadas por requerimento aprovado por CPI ou comissão processante.
Com o retorno, todos os prazos do processo legislativo, que estavam pausados, voltam a correr normalmente.
Outras atividades
Enquanto o processo legislativo voltará a todo vapor, audiências públicas, sessões solenes, seminários, eventos e visitas técnicas continuam suspensas na Câmara de BH.
As únicas exceções são as audiências ligadas à pandemia da COVID-19 e aquelas que tratam da gestão fiscal.
Histórico
Logo no início da pandemia no Brasil, sete vereadores de Belo Horizonte foram infectados pelo novo coronavírus:Bella Gonçalves (PSOL), Gabriel Azevedo (Patriota), Dr. Nilton (PSD), Irlan Melo (PL), Dr. Bernardo Ramos (Novo), a presidente Nely Aquino (Podemos) e Jair di Gregório (PP), que enfrentou o caso mais grave.
Quando moveram o pedido de liminar, os vereadores Pedro Patrus, Gilson Reis e Arnaldo Godoy defenderam que a Câmara de BH deve servir de exemplo para que a população respeite o isolamento social.
Segundo eles, o retorno das atividades também deveria ser articulado em conjunto com os vereadores, não partir de uma decisão da mesa diretora.
Com informações de Ivan Drummond e Humberto Martins