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Estado de Minas REUNIÃO COM MORO

Bolsonaro nega ter ameaçado Moro de demissão e diz que entregou 'fita bruta' ao STF

Presidente afirmou que não precisava fornecer, mas que entregou vídeo de reunião ministerial ao Supremo Tribunal Federal


postado em 11/05/2020 21:33

Bolsonaro afirmou que entregou a fita bruta da gravação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e garantiu não temer nada(foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Bolsonaro afirmou que entregou a fita bruta da gravação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e garantiu não temer nada (foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou, no início da noite desta segunda-feira (11), sobre o vídeo da reunião ministerial citada pelo ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em depoimento à Polícia Federal, no inquérito que investiga o próprio presidente. Bolsonaro afirmou que entregou a fita bruta da gravação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e garantiu não temer nada.

Em depoimento, Moro citou uma reunião ministerial, realizada em 22 de abril, em que Bolsonaro teria o ameaçado de demissão por não aceitar uma troca na diretoria da Polícia Federal e que teria vídeo da conversa. Desta forma, o STF solicitou ao Planalto uma cópia do vídeo. Bolsonaro disse que ‘não precisava fornecer’ o material, mas que entregou a fita bruta.

"Nós fornecemos o vídeo na íntegra, e não precisávamos fornecer, porque não é um vídeo oficial. Mas para comprovar que nada devemos ao tocante do inquérito... Eu podia falar 'não temos mais o vídeo'. Não tinha obrigação de ter o vídeo. Não é vídeo de portaria. É vídeo oficial. O que eu espero que aconteça, é extrair a parte do vídeo que interessa ao inquérito para ver se houve alguma interferência minha na PF, ou não”, disse o presidente.

Bolsonaro também disse não temer nada em relação ao inquérito, negando qualquer tipo de ameaça a Sergio Moro. “Tudo que foi falado no tocante ao ex-ministro Sergio Moro vai ser extraído. Nunca ofendi nem ameacei ninguém”, afirmou.

Perguntado sobre o depoimento dado pelo ex-diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pivô da crise entre Bolsonaro e Moro, o presidente disse que ‘não tomou conhecimento’. Em sua fala, Valeixo disse que foi exonerado porque Bolsonaro tinha dito que queria alguém ‘com mais afinidade’.


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