O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi avaliado negativamente por 43,4% dos entrevistados pela pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com o Instituto de Pesquisa MDA, divulgada nesta terça-feira (12/5). É o maior percentual negativo registrado nos quatro levantamentos feitos pela CNT/MDA durante a gestão de Bolsonaro.
A soma de ruim e péssimo cresceu de forma expressiva em quatro meses, saindo dos 31% da edição passada da pesquisa para 43,4%. A avaliação como regular caiu de 32,1% para 22,9%.
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Centrão pressiona governo por mais gastos públicosRio não vai aderir ao decreto presidencial sobre abertura de academiasCOVID-19: Instagram oculta postagem de Bolsonaro com informação falsaMoro assiste ao vídeo e fontes dizem que é bastante revelador'Bolsonaro caminha para o precipício', diz Witzel sobre decreto presidencialO desempenho pessoal do presidente recuou de 47,8% para 39,2% no período. A desaprovação passou de 47% para 55,4%, também o índice mais negativo dos levantamentos CNT/MDA. Dos ouvidos, 5,4% não souberam opinar ou não responderam.
As piores avaliações do governo e pessoal de Jair Bolsonaro haviam sido registradas em agosto de 2019, quando 53,7% dos entrevistados desaprovavam o presidente e 39,5% reprovavam o governo.
Novo coronavírus e Moro
Além disso, a maioria (67,3%) dos entrevistados se posicionou favorável à prática do isolamento social no combate à COVID-19. Para 29,3%, o distanciamento só deve ser praticado por pessoas que fazem parte do grupo de risco; e 2,6% acreditam que não deveria haver isolamento social.
Já as medidas do governo federal contra o novo coronavírus são aprovadas por 51,7% e reprovadas por 42,3%. Os governadores tiveram 69,2% de aprovação – contra a desaprovação por 26,8%.
Sobre as eleições municipais, previstas para outubro deste ano, 62,5% avaliam que devem ser adiadas devido à COVID-19, e 30,4% acham que devem mantidas. As ações dos prefeitos durante a pandemia foram avaliadas como ótimas por 13,0%, boas por 27,1%, regular por 29,7%, ruins por 9,0%, e péssimas por 18,7%.
O percentual de brasileiros que declararam ter deixado de pagar alguma dívida em função da pandemia é de 37,7%, e 61,9% não deixaram de pagar dívidas por causa da crise.
Sobre as expectativas sociais e econômicas para os próximos seis meses, 68,1% dos entrevistados disseram que a situação do emprego vai piorar, 15,1% acham que pode melhorar e 14,4% afirmaram que ficará como está.
Quando perguntados sobre renda mensal, 8,8% acreditam que aumentará, vai diminuir para 46,7% e vai ficar igual para 41,6%. Em relação à saúde, vai melhorar para 23,3%, vai piorar para 52,3% e ficará na mesma para 22,7% dos entrevistados.
Também fizeram parte do questionário as manifestações de grupos bolsonaristas contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). E 51,8% afirmaram ser contrários aos movimentos, 28,8% se mostraram favoráveis e 10,8% disseram que não são nem a favor nem contra. Para 12% dos ouvidos pela pesquisa, com a saída de Sérgio Moro do cargo de ministro da Justiça, o combate à corrupção no Brasil vai melhorar; 39,9% acham que vai continuar como está e 39,7% consideram que vai piorar.
Outros questionamentos
Na educação: vai melhorar: 14,1%; vai piorar: 47,4%; vai ficar igual: 36,5%.
Na segurança pública: vai melhorar: 18,5%; vai piorar: 34,9%; vai ficar igual: 44,1%.
Grau de confiança nas informações divulgadas pela imprensa sobre a pandemia: 24,3% afirmam confiar muito; 48,5%, confiam pouco; e 25,2% não confiam.
(Com agências)