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Estado de Minas POLÍTICA

Randolfe diz que não há defesa para manter sigilo sobre vídeo de reunião

Senador alegou a Celso de Mello que o caso se trata de investigação de maior relevo para a República


postado em 12/05/2020 18:50 / atualizado em 12/05/2020 19:23

 Randolfe alegou a Celso de Mello que o caso se trata de investigação de maior relevo para a República(foto: José Cruz/Agência Brasil)
Randolfe alegou a Celso de Mello que o caso se trata de investigação de maior relevo para a República (foto: José Cruz/Agência Brasil)
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou pedido ao ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal e relator do inquérito sobre interferências na Polícia Federal, pela liberação da íntegra da reunião ministerial do dia 22 de abril, citada como Moro como a ocasião em que o presidente Jair Bolsonaro teria ameaçado trocar o comando da PF no Rio.

A gravação foi exibida nesta terça, 12, para advogados de Moro, procuradores e à Advocacia-Geral da União, mas o vídeo permanece em sigilo. Fontes informaram ao Estadão que durante o encontro, Bolsonaro justificou a necessidade de trocar o superintendente da PF no Rio à defesa de seus próprios filhos, alegando que sua família estaria sendo perseguida. O vídeo foi dito como devastador para a defesa do presidente.

Randolfe alegou a Celso de Mello que o caso se trata de investigação de maior relevo para a República e que a rápida solução da controvérsia envolvendo as declarações de Moro contra o presidente é imperiosa para a pacificação social.

"Não há qualquer defesa de intimidade ou interesse social que justifiquem a manutenção do segredo em relação a elementos probatórios relacionados à investigação de crimes contra a Administração Pública", afirmou o senador. "Dessa forma, é imperiosa a divulgação na íntegra do citado vídeo o mais rápido possível, a fim de que a sociedade possa livremente deliberar sobre os fatos ali expostos".

Na noite de terça, o ministro Celso de Mello ordenou a degravação (transcrição) do conteúdo da reunião, que deverá ser encaminhado para seu chefe de gabinete, Miguel Piazzi. A determinação se deve ao fato do ministro estar trabalhando de casa, em São Paulo, devido a pandemia do novo coronavírus. O decano tem 74 anos.


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