Na reunião ministerial de 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro teria afirmado que não divulgaria a “porcaria” do exame de COVID-19 por medo de um processo de impeachment. A informação foi divulgada pelo jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de São Paulo, com base em relatos de fontes que acompanharam a exibição do vídeo, na manhã desta terça-feira.
O Estado de São Paulo havia conseguido na Justiça a obrigatoriedade de exibir os testes de coronavírus, com base na Lei de Acesso à Informação, alegando “cerceamento à população do acesso à informação de interesse público” e “censura à plena liberdade de informação jornalística”. Isso porque o presidente se negou a apresentar os resultados dos exames.
A Presidência da República se recusou a fornecer os dados jornal, afirmando que eles diriam respeito “à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, protegidas com restrição de acesso”.
A Justiça Federal determinou, em primeira e segunda instâncias, que o presidente deveria exibir os exames, mas a Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu barrar a divulgação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O caso ainda aguarda uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF.