O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), apelou aos governadores para que a atividade comercial seja retomada em meio à pandemia do novo coronavírus. Segundo o chefe do Executivo nacional, “o Brasil está quebrando” devido ao fechamento de estabelecimentos e paralisação de alguns serviços que não podem ser realizados de forma remota.
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Bolsonaro publica MP que isenta agente público de erro cometido durante pandemiaDelegado nega ter havido baixa produtividade na PF do RioBolsonaro vê equívoco em oitiva de seu ministroJustiça nega pedido para remover acampamento na EsplanadaPF faz operação contra fraudes em contratos de terceirização no Rio; ex-presidente da ALERJ é presoO chamado isolamento social horizontal foi adotado na grande maioria das cidades brasileiras como forma de prevenção ao vírus, e somente estabelecimentos como supermercados, bancos e farmácias funcionam integralmente desde o início da crise causada pela COVID-19. A alteração de algumas medidas com o aval do Governo Federal foi adotada em alguns municípios, mas ainda não é aplicada na maior parte do país.
Bolsonaro prega o chamado isolamento social vertical, o que isolaria somente pessoas consideradas grupo de risco para a doença. Ele lamentou o número de mortes pelo coronavírus, que chegou a 13.149 nessa quarta-feira segundo o Ministério da Saúde, mas disse que a situação pode piorar com a maioria do comércio e das atividades suspensas. O país é o sexto com mais mortes pela COVID-19 em todo o mundo.
“Está morrendo gente? Está. Lamento? Lamento. Mas vai morrer muito, mas muito mais, se a economia continuar sendo destroçada por essas medidas. Vemos o pessoal mais pobre em São Paulo, no Rio (de Janeiro), continua todo mundo se movimentando, só na classe média, alta, que está tendo o problema no comércio. Tem que reabrir, vamos morrer de fome, a fome mata. É o apelo que faço aos governadores, revejam essa política, estou pronto para conversar”, afirmou Bolsonaro.
Na maioria dos estados do país, a decisão pela reabertura ou fechamento do comércio é tomada pelo governador. Em Minas Gerais, porém, o chefe do Executivo estadual Romeu Zema (Novo) atribui essa função aos prefeitos, enquanto a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) presta uma espécie de consultoria para medir como deve ser feita essa retomada do setor.