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Estado de Minas ISOLAMENTO VERTICAL

COVID-19: Bolsonaro cita Suécia, mas país tem mais mortes que vizinhos

O índice de mortos pelo total de habitantes na Suécia é cerca de sete vezes maior que o do Brasil


postado em 14/05/2020 14:58 / atualizado em 14/05/2020 15:28

(foto: Reprodução/Agencia Brasil)
(foto: Reprodução/Agencia Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (14), durante reunião com empresários da indústria, que por ele o Brasil adotaria o isolamento vertical. Ao fazer essa afirmação, Bolsonaro citou a Suécia como exemplo, mas se esqueceu de mencionar que o país tem mais mortes por COVID-19 que os vizinhos que adotaram o isolamento mais rígido.
 
"O governo federal, se depender de nós, está aberto, com isolamento vertical, e ponto final. Os governadores assumiram cada um a sua responsabilidade, houve uma concorrência entre muitos para ver o que fechava mais", disse Bolsonaro.

"Quem defendia mais a vida do seu eleitor, do cidadão do seu estado em relação aos outros. O governo federal nunca foi óbice. Se depender de mim, quase nada teria sido fechado, a exemplo da Suécia", finalizou.
 
Sem seguir as regras de isolamento, a Suécia registra um salto no número de casos. Com 10 milhões de habitantes, passou a casa dos 3 mil mortos há cerca de uma semana.

O Brasil, que tem população 21 vezes maior, registrou no mesmo período, o triplo de mortes. Por uma conta matemática, o índice de mortos pelo total de habitantes na Suécia é quase sete vezes maior que o do Brasil. 
 
Os números no país escandinavo continuam subindo, e até esta quinta-feira (14), a Suécia registrava 28.582 casos confirmados e 3.592 mortes. Para cada milhão de habitantes, o país nórdico tem 2.830 casos e 349 óbitos.
 
Até o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – que inicialmente também menospreza a COVID-19 e desestimulava o isolamento – passou a criticar a estratégia sueca. 


Isolamento Vertical 

Enquanto os vizinhos italianos, espanhóis e franceses sentiram o peso psicológico e econômico de seus confinamentos, os suecos passeavam por parques públicos e frequenta vam restaurantes durante a pandemia do novo coronavírus.

Desde o primeiro registro do vírus no país, em 31 de janeiro, o governo optou por não decretar a quarentena. A ideia de conter o vírus era apoiada apenas na consciência de cada cidadão.

Apesar de o número de mortos e infectados ser semelhante ao dos demais países europeus em fevereiro deste ano, foi em maio que a Suécia começou a liderar o ranking de mortes. 

Enquanto os suecos acreditavam que o vírus não iria se espalhar, os outros países mantinham a quarentena e as medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

De acordo com as projeções do próprio Banco Central sueco, a economia do país pode recuar até 9,7% em 2020 depois da adoção do isolamento vertical.
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina


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