Um grupo de hackers invadiu o sistema de informações do Exército e divulgou na internet quatro exames médicos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro no Hospital das Forças Armadas entre junho de 2019 e janeiro de 2020.
Em todos esses testes, o mandatário se identificou com seu nome de batismo, ao contrário do que fez com os exames para covid-19, quando alega ter usado pseudônimos. Os resultados entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 12, deram negativo para a doença.
A informação do ataque cibernético foi publicada pelo site da revista Época na tarde desta quinta-feira, 14, e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo. O Exército ainda está avaliando a dimensão do problema.
Bolsonaro já afirmou publicamente que usa codinomes para fazer exames desde 2010. "O que eu faço nos últimos 10 anos, pra não ter dúvida? Eu já tive receita de farmácia de manipulação. Eu sempre falei com o médico, 'bote o nome de fantasia porque pode ir pra lá, 'Jair Bolsonaro', já era manjado, principalmente em 2010, quando comecei a aparecer muito, né; Alguém pode fazer alguma coisa esquisita. E assim foi em todo exame que eu faço tem um código", disse em 28 de abril.
Em nota, a Força informou que "foram adotadas providências imediatas para mitigar eventuais consequências". Após a conclusão de uma investigação "serão desenvolvidas as ações técnicas e legais necessárias", segundo o Exército.
Uma conta de Twitter com o nome DigitalSp4ce, que reivindica o ataque hacker e foi suspensa no meio da tarde, foi postada a seguinte mensagem: "Somente após meses o presidente resolveu mostrar seus exames, isso intrigou nosso grupo, resolvemos ir atrás e invadimos o Banco de Dados do hospital onde foi realizada a coleta, e adivinhem? Nada comprova que foi feita tal coleta, nem mesmo com pseudônimo."
Ao encaminhar laudos dos seus exames de coronavírus ao STF na noite de terça-feira, o presidente usou pseudônimo. Em dois laudos, os nomes são de outras pessoas, mas o CPF e a data de nascimento são de Bolsonaro. Num terceiro teste, ele é chamado apenas de "paciente 5", sem citar nenhum número de documento.
"Para a realização dos exames foram utilizados no cadastro junto ao laboratório conveniado Sabin os nomes fictícios Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, sendo preservados todos dados pessoais de registro civil junto aos órgãos oficiais", diz ofício assinado por Rui Yutaka Matsuda, comandante logístico do Hospital das Forças Armadas, onde os dois primeiros testes foram feitos.
Os exames de Bolsonaro só foram divulgados após o jornal O Estado de S. Paulo entrar na Justiça pedindo acesso a eles, alegando que a saúde do presidente em meio à pandemia do novo coronavírus se trata de informação de interesse público. O presidente já havia anunciado os resultados negativos em redes sociais, mas se recusava a mostrar os laudos. Bolsonaro entrou com recursos para evitar que a decisão judicial fosse cumprida.
Em todos esses testes, o mandatário se identificou com seu nome de batismo, ao contrário do que fez com os exames para covid-19, quando alega ter usado pseudônimos. Os resultados entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 12, deram negativo para a doença.
A informação do ataque cibernético foi publicada pelo site da revista Época na tarde desta quinta-feira, 14, e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo. O Exército ainda está avaliando a dimensão do problema.
Bolsonaro já afirmou publicamente que usa codinomes para fazer exames desde 2010. "O que eu faço nos últimos 10 anos, pra não ter dúvida? Eu já tive receita de farmácia de manipulação. Eu sempre falei com o médico, 'bote o nome de fantasia porque pode ir pra lá, 'Jair Bolsonaro', já era manjado, principalmente em 2010, quando comecei a aparecer muito, né; Alguém pode fazer alguma coisa esquisita. E assim foi em todo exame que eu faço tem um código", disse em 28 de abril.
Em nota, a Força informou que "foram adotadas providências imediatas para mitigar eventuais consequências". Após a conclusão de uma investigação "serão desenvolvidas as ações técnicas e legais necessárias", segundo o Exército.
Uma conta de Twitter com o nome DigitalSp4ce, que reivindica o ataque hacker e foi suspensa no meio da tarde, foi postada a seguinte mensagem: "Somente após meses o presidente resolveu mostrar seus exames, isso intrigou nosso grupo, resolvemos ir atrás e invadimos o Banco de Dados do hospital onde foi realizada a coleta, e adivinhem? Nada comprova que foi feita tal coleta, nem mesmo com pseudônimo."
Ao encaminhar laudos dos seus exames de coronavírus ao STF na noite de terça-feira, o presidente usou pseudônimo. Em dois laudos, os nomes são de outras pessoas, mas o CPF e a data de nascimento são de Bolsonaro. Num terceiro teste, ele é chamado apenas de "paciente 5", sem citar nenhum número de documento.
"Para a realização dos exames foram utilizados no cadastro junto ao laboratório conveniado Sabin os nomes fictícios Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, sendo preservados todos dados pessoais de registro civil junto aos órgãos oficiais", diz ofício assinado por Rui Yutaka Matsuda, comandante logístico do Hospital das Forças Armadas, onde os dois primeiros testes foram feitos.
Os exames de Bolsonaro só foram divulgados após o jornal O Estado de S. Paulo entrar na Justiça pedindo acesso a eles, alegando que a saúde do presidente em meio à pandemia do novo coronavírus se trata de informação de interesse público. O presidente já havia anunciado os resultados negativos em redes sociais, mas se recusava a mostrar os laudos. Bolsonaro entrou com recursos para evitar que a decisão judicial fosse cumprida.