A saída do ministro da Saúde Nelson Teich do governo Bolsonaro, menos de um mês depois de assumir o cargo, tomou as manchetes dos jornais ao redor do mundo. Ele sucedeu Luiz Henrique Mandetta, demitido após desentendimentos com o presidente. Teich também deixa o governo após discordar de Bolsonaro. Nesse caso, o debate era o uso de cloroquina em pacientes com COVID-19.
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O jornal norte-americano The New York Times publicou que a saída de Teich foi marcada pelas divergências com o presidente Jair Bolsonaro em relação à adoção de medidas de distanciamento social e lockdowns. O jornal relembrou também que a decisão vem em menos de um mês após a saída de Mandetta.Washington Post
Também norte-americano, o tradicional jornal escreveu que o Brasil perdeu “seu segundo ministro da Saúde em menos de um mês”. “A saída do oncologista Nelson Teich, que renunciou menos de um mês após se tornar ministro da Saúde, perturbou ainda mais o que tem sido a resposta errática e desorganizada do Brasil à pandemia de coronavírus”.
Diário de Notícias
O diário português destaca na primeira página a manchete: "Cai o segundo ministro da saúde do Brasil durante a pandemia". Na reportagem, conta que o médico oncologista pediu demissão "por se sentir desautorizado por Jair Bolsonaro, contrário ao isolamento e favorável ao uso da não testada hidroxicloroquina".
Clarín
O argentino Clarín destacou que Teich tinha "diferenças com o presidente" Jair Bolsonaro. No texto, o jornal reforça que o ministro, assim como Mandetta, discordam de Bolsonaro em relação às medidas de isolamento social para o combate à COVID-19.
The Guardian
O britânico The Guardian publicou a saída do ministro com a manchete: “Brasil perde segundo ministro da Saúde em menos de um mês enquanto mortes por COVID-19 crescem”. A reportagem afirma que Teich discordou do presidente Jair Bolsonaro e lembrou que o Brasil já ultrapassou em número de casos a França e a Alemanha.
El País
Na espanha, o El País destacou em seu site que a demissão do ministro Teich acontece apenas um mês depois de tomar posse. A reportagem conta que o ministro ficou em evidência durante esta semana após ter sido avisado do decreto presidencial que autorizava salões de beleza e academias a funcionarem durante a pandemia enquanto dava uma entrevista coletiva.
Le Figaro
O francês Le Figaro também ressaltou a rápida passagem de Teich pelo ministério. "O ministro da Saúde do Brasil, Nelson Teich, renunciou por 'diferenças de opinião sobre medidas' para combater o coronavírus com o governo", afirma. A reportagem enfatiza que Teich é um ministro da Saúde bastante efêmero do presidente Jair Bolsonaro, tendo ocupado por menos de um mês essa pasta crucial para o Brasil, onde a pandemia já matou quase 14 mil pessoas.
Outras mídias
No restante do mundo, o site canadense National Post também destaca a renúncia do ministro. O assunto ainda foi manchete no Yahoo Notícias e a Al Jazeera afirma que o "ministro discordava de Bolsonaro sobre a resposta do país ao coronavírus"
*Estagiaria sob supervisão da subeditora Kelen Cristina