Após a saída de Nelson Teich do cargo de ministro da Saúde nesta sexta-feira (15/5), crescem as especulações sobre o novo nome que deve assumir o cargo. No entanto, o que se ouve nos bastidores é que não há pressa para definir um substituto já que a estratégia do presidente Jair Bolsonaro é justamente colocar no colo do secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, que deve assumir interinamente o cargo, a responsabilidade de assinar o protocola da cloroquina.
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Mandetta diz que 'ciência política está receitando a cloroquina'Bolsonaro diz que protocolo de cloroquina deve ser mudado ainda hojeBolsonaro defende uso indiscriminado da cloroquina e anuncia conversa com TeichBarraco na CNN: Weintraub discute com jornalista após pergunta 'não combinada'Veja o que os estudos mais recentes concluem sobre a cloroquinaA negativa de Nelson Teich perante a assinatura do protocolo foi um dos motivos a determinar a saída dele do Ministério da Saúde. Um médico de carreira poderia não querer assumir e correr o risco de responder a processo junto ao Conselho Federal de Medicina.
No entanto, a expectativa é que, diferentemente da saída de Mandetta, não haja reformulação de toda a equipe técnica. Desde a troca de Mandetta, há um desconforto interno que se acentuou com a entrada de uma dezena de militares.
Enquanto parte da equipe se adequa e aprende a trabalhar sob a disciplina militar, outros veem com maus olhos a interferência, interpretando como uma espécie de bode espiatorio dos interesses políticos, ainda que esses se sobreponham às avaliações técnicas e científicas.