O ministro da Saúde, Nelson Teich, deixou o cargo nesta sexta-feira após 28 dias no posto. Horas após a exoneração, a pasta teve alterada a foto do perfil nas redes sociais para comemorar os 500 dias de governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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'Reunião sigilosa' de Bolsonaro teve 40 pessoas, incluindo assessores e técnicosApós saída de Teich, Centrão crítica Bolsonaro e apoio agora é alvo de discussãoMandetta diz que 'ciência política está receitando a cloroquina'Mandetta sobre saída de Teich: 'Perdemos um mês na luta contra o coronavírus'Saída de Teich do governo repercute na imprensa internacional; vejaRamos compara mortes por coronavírus a números de acidentes'Teich saiu por questões de foro íntimo', diz Braga NettoComparação do número de mortes deve ser proporcional, dizem ministrosBolsonaro defende protocolo diferente para COVID-19, diz Braga NettoMarcos Pontes é avisado por mais próximos que Bolsonaro pretende demiti-loWeintraub sobre Enem: 'Não é para atender injustiças sociais, é para selecionar os melhores'No Facebook, quando há substituição da foto de perfil, o usuário pode optar por deixar a mudança visível aos demais internautas. A linha do tempo do Ministério da Saúde, no entanto, não faz menção à novidade. Só é possível saber que a imagem foi publicada nesta sexta-feira ao clicar sobre ela. Outras pastas, como os ministérios da Economia e da Infraestrutura, também adotaram a campanha dos 500 dias.
Teich diz que “escolheu sair”
Na tarde desta sexta, o ex-ministro explicou, rapidamente, a opção por deixar o governo Bolsonaro. “A vida é feita de escolhas, e hoje eu escolhi sair. Dei o melhor de mim. Não é uma coisa simples estar à frente de um ministério num período tão difícil. Agradeço ao meu time que sempre esteve ao meu lado”, afirmou..Decreto
No início da semana, Bolsonaro assinou um decreto que classificava academias esportivas, salões de beleza e barbearias como atividades essenciais, liberando o retorno às atividades em tais estabelecimentos. Durante entrevista, Teich foi questionado sobre o documento, mas disse desconhecer o texto.No dia seguinte, o presidente apontou o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, como o responsável pelo desencontro. Segundo ele, Oliveira esqueceu de comunicar Teich sobre a publicação do documento.
"Quantas vezes você chega em casa com um colega para almoçar e não avisa a sua esposa? Vai acabar um casamento por causa disso?", questionou.