O ex-deputado ganhou destaque em 2017, quando dançou para comemorar o resultado da votação, na Câmara Federal, que livrou Temer de um processo no Supremo Tribunal Federal (STF). À época, ele classificou o placar como uma "surra" na oposição.
Publicado no Diário Oficial da União (DOU), o decreto que determina o retorno do gaúcho ao Conselho de Itaipu é assinado por Bolsonaro. O mandato de Marun como conselheiro está previsto para durar até 16 de maio de 2024.
O afastamento de Marun, determinado pelo desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), foi baseado na Lei das Estatais, que impede a participação de ministros em conselhos de empresas administradas pelo Estado. Em setembro, contudo, a liminar foi derrubada. O conselho é responsável por administrar a hidrelétrica de Itaipu, localizada entre Foz do Iguaçu, no Paraná, e Cidade do Leste, no Paraguai. São seis conselheiros brasileiros e seis paraguaios.
Ministro e outro ex-deputado são nomeados
O decreto de Bolsonaro autoriza, ainda, a entrada de Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, no Conselho de Itaipu. Outro indicado ao grupo é o ex-deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA). Ele foi investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um suposto favorecimento financeiro recebido da empreiteira Odebrecht. O inquérito foi concluído sem que indícios de crimes fossem encontrados.
Os novos nomes já compõem o quadro de conselheiros disponíveis no site de Itaipu. O decreto assinado pelo presidente vai ao encontro da aproximação do governo com o Centrão, grupo que detém a maioria dos parlamentares no Congresso. Os partidos do bloco têm recebido cargos na administração federal.