Ao se completarem 30 anos em que a população brasileira foi surpreendida pelo confisco de suas economias, o ex-presidente Fernando Collor de Mello pediu desculpas em mensagens postadas em rede social na manhã desta segunda-feira (18).
O Plano Collor limitou os saques a 50 mil cruzeiros, moeda que substituiu o cruzado novo. A promessa do governo à época era controlar a inflação e desbloquear o dinheiro um ano e meio depois, o que só ocorreu em 1994, com o Plano Real. Algumas perdas ainda estão correndo na Justiça.
Ele afirmou em sua postagem que os mais pobres eram os mais prejudicados naquela época, pois "perdiam seu poder de compra em questão de dias, estavam morrendo de fome", justificando assim a decisão de confisco de parte do saldo de cadernetas de poupança e contas-correntes naquele março de 1990.
Collor classificou de "dificílima" a medida, dizendo que foi a tentativa de sua equipe econômica em conter uma inflação que batia os 80% ao mês. "Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos", finalizou.