Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Bolsonaro se reunirá com governadores para tratar programa de auxílio a estados

O presidente Jair Bolsonaro se reunirá, nesta quinta-feira (21/5), com governadores para tratar sobre a sanção do projeto de lei que cria o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, que auxiliará os estados no combate à COVID-19. O encontro ocorrerá às 10h, por meio de uma videoconferência.



A reunião estava prevista desde a quinta-feira passada (14/5), quando Bolsonaro se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e deixaram pré-combinado que os dois participariam da videoconferência com os governadores para decidir sobre o veto ou não do congelamento de salários de servidores públicos até 31 de dezembro de 2021. 

"Conversei com o Rodrigo Maia sobre a questão da sanção ou veto do projeto de socorro a municípios onde entra a questão de congelar ou não o salário dos servidores até 31 de dezembro do ano que vem. O que ficou pré-acertado, deixo bem claro, pré-acertado, ele pretende comigo, fazermos uma videoconferência com os governadores de todo o Brasil e dali sair um compromisso no tocante a possível veto ou não de artigos desse projeto."

Bolsonaro disse ainda que "quase todos" os governadores e prefeitos já estão no limite de gastos para pagar o contracheque de servidores.

"Está todo mundo preocupado com a questão de gastos, pelo que me consta, acho que quase todos os prefeitos e governadores, quase todos estão no limite da responsabilidade fiscal no tocante à gasto com servidor. Então, tendo em vista que a nossa economia logicamente sofreu um solavanco muito forte, a arrecadação está caindo em todas as áreas e nós, qualquer um chefe do Executivo, quer seja eu, governadores e prefeitos, terão dificuldade em conceder qualquer reajuste para servidor. Então, o que o Rodrigo Maia demonstrou pra mim é buscar, eu e ele, estamos falando a mesma linguagem nessa área, é buscar um entendimento numa videoconferência com os governadores não para lockdown, mas para começar a abrir o comércio."



A ideia era de que os chefes dos outros Poderes, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, também participassem, mas a reunião ficará restrita inicialmente a Bolsonaro e aos líderes estaduais.

A ajuda prevista de R$ 60 bilhões em transferências diretas deve ser usada como moeda de troca pelo governo para a abertura gradual das atividades econômicas. Além da liberação da verba, o projeto também suspende dívida e não a execução por parte da União das garantias firmadas nos contratos de operação de crédito junto as instituições nacionais e organismos internacionais.  O texto foi aprovado pelo Senado no último dia 6 e aguarda sanção presidencial.