O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou nesta segunda-feira (18) que deve decidir sair até o fim desta semana sobre a retirada do sigilo da gravação audiovisual de reunião no Palácio do Planalto, realizada no dia 22 de abril.
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Na semana passada, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu no STF a divulgação das falas do presidente Jair Bolsonaro que estiverem relacionadas com a investigação. No parecer, Aras afirma que a divulgação na íntegra da reunião ministerial contraria às regras e os princípios constitucionais de investigação.
A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a divulgação de todas as falas do presidente, exceto falas de outras autoridades que estavam presentes sobre "nações amigas” e comentários “potencialmente sensíveis” do ministro das Relações Exteriores e da Autoridade Monetária (Banco Central).
A defesa de Moro também enviou sua manifestação e defendeu a divulgação da reunião na íntegra.