O Brasil apareceu com destaque na capa de um dos jornais mais tradicionais e conhecidos do mundo, o francês Le Monde. Em editorial, "Brasil: a perigosa fuga suicida de Bolsonaro", a publicação diz que, "apesar do preço cada vez mais alto", o presidente da República continua negando a seriedade da pandemia de COVID-19 e conduz o país por uma via "extremamente perigosa".
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Eduardo Bolsonaro reage à notícia envolvendo Trump e hidroxicloroquina: 'Se não quiser, é só não tomar'MPF cobra retorno de portarias sobre armas revogadas por BolsonaroRamagem comandou caso que deu origem a investigação que atinge Flávio BolsonaroGoverno de Minas divulga distritos que serão favorecidos pelo Alô, Minas!Congresso vai criar comissão para discutir adiamento de eleições municipaisPazuello nomeia nove militares no Ministério da SaúdeO diário critica a participação de Bolsonaro em manifestações antidemocráticas, a tentativa de acabar com o isolamento social no Brasil e o ataque que o presidente faz a prefeitos e governadores que decidiram restringir a circulação de pessoas. "Depois de negar o Holocausto, elogiar a ditadura, negar os incêndios na Amazônia e a gravidade da pandemia de COVID-19, Bolsonaro e sua tentação autoritária correm o risco de levar o Brasil a uma perigosa aventura inconsequente", diz o texto.
Em seguida, o jornal diz que o país atravessa uma crise semelhante as horas mais sombrias da ditadura militar. “O Brasil de Bolsonaro habita um mundo paralelo, um teatro do absurdo onde fatos e realidade não existem mais. Nesse universo sob tensão, nutrido por calúnias, incoerências e provocações mortíferas, a opinião é polarizada em uma nuvem espessa de ideias simples, mas falsas”.
Vítimas do coronavírus
A publicação destaca também o número de mortes no Brasil, que na segunda-feira (18/5) ultrapassou o Reino Unido em quantidade de óbitos e chegou a mais de 250 mil casos confirmados de covid-19. O último balanço do Ministério da Saúde, registrou 674 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas. Ao todo, são 16.792 vítimas fatais da doença.
“O negacionismo alimentado pelo poder (…) e a aposta política inacreditável de Bolsonaro, que pensa que os efeitos devastadores da crise na saúde serão atribuídos a seus opositores, mostra que esse obscuro ex-deputado de extrema direita não tinha nada de um homem de Estado”, afirma o jornal.
“O negacionismo alimentado pelo poder (…) e a aposta política inacreditável de Bolsonaro, que pensa que os efeitos devastadores da crise na saúde serão atribuídos a seus opositores, mostra que esse obscuro ex-deputado de extrema direita não tinha nada de um homem de Estado”, afirma o jornal.