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Estado de Minas JANELAS PELA DEMOCRACIA

#ImpeachmentJá: partidos se mobilizam pela internet contra governo Bolsonaro

PDT, PSB, Rede e PV realizaram live pedindo queda do presidente, mas movimento não teve grande adesão


postado em 19/05/2020 21:05 / atualizado em 19/05/2020 21:30

Ciro Gomes participou da manifestação contra o governo Bolsonaro(foto: Reprodução/Facebook)
Ciro Gomes participou da manifestação contra o governo Bolsonaro (foto: Reprodução/Facebook)
“Uma das lives mais importantes do momento político do Brasil”. Assim o jornalista Fábio Pannunzio iniciou a transmissão pelo Facebook da manifestação ‘Janelas pela Democracia: #ImpeachmentJá’, organizada pelo PDT, PSB, Rede e PV, pedindo o impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo o jornalista que ancorou o programa, o movimento tem como objetivo contra crimes praticados por Bolsonaro. Critico ferrenho de Jair Bolsonaro, Pannunzio citou que há mais de 30 pedidos de impeachment protocolizados no Congresso Nacional e dirigiu duras palavras ao presidente. Segundo ele, o movimento é “contra esse vírus agressivo, mas não estou falando do coronavírus. Estou falando do Bolsonaro mesmo.

E continuou. “Não é só você que acha um lixo isso que tem acontecido com o governo do Brasil, entregue a um presidente genocida, irresponsável, criminoso, que não tem nenhuma sensibilidade, não cultua valores como humanidade e iluminismo. Que diz respeito à ciência como se a ciência fosse mais uma seita e transforma a política em mais uma religião”.

Crimes de responsabilidade

O movimento teve participação de artistas, como os atores Marcos Palmeira e Marco Nanini, e de políticos, como os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a ex-senadora Heloísa Helena (Rede), a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede), além de Carlos Lupi e Ciro Gomes (ambos do PDT).

Ciro também foi incisivo nas críticas a Bolsonaro, a quem acusou da prática de pelo menos quatro crimes de responsabilidade, hábeis a fundamentar um processo de impeachment.

Segundo o ex-governador do Ceará, o atual presidente atentou contra o regular funcionamento das instituições da República e da democracia, quando, na porta de um quartel general do Exército, se confraternizou com “boçais que pedem o fim da democracia, fechamento do congresso, do Supremo Tribunal Federal, volta do AI-5 e censura à imprensa”.

Ainda nas palavras de Ciro Gomes, Bolsonaro fere a autonomia da Federação, quando “invade atribuições governadores, atenta contra orientações cientificas de organismos internacionais, sequestra respiradores, invadindo autonomia dos estados”.

Disse, também, que  o presidente pratica “crime contra a saúde pública, expondo a população brasileira a se tornar o epicentro da COVID-19 no mundo”.

“É o único chefe de estado do planeta, não só por palavras mas por gestos, pratica atentado contra ao isolamento social, que é a única medida para evitar o colapso do sistema de saúde e mortes. Ainda foi bancar o charlatão em horário nobre de televisão, recomendando remédios para o qual não está habilitado”, disse Ciro se referindo à fixação de Bolsonaro pelos medicamentos à base de cloroquina no tratamento da COVID-19.

Por último, disse que Bolsonaro pratica obstrução da justiça, quando “invade atribuições da Polícia Federal, controlando-a, para cobrir com a impunidade sua família, seus filhos, que são useiros e vezeiros no cometimento de crimes”.

Ciro completou dizendo que entende que o impeachment não é solução para um governo ruim, mas uma forma de punir o presidente pelos crimes cometidos, capazes de “embasar juridicamente um apelo ao Congresso pelo fim dessa ameaça que pesa sobre o povo brasileiro”.

Adesão

Nas redes sociais, o movimento teve adesão razoável. Até a publicação desta matéria, a hashtag ‘#ImpeachmentJá’ constava em 24,6 mil publicações no Twitter e não figurou entre os dez assuntos mais comentados da rede social.

No Facebook, onde a live foi transmitida, o alcance foi maior e o programa teve 265 mil visualizações.

Em algumas cidades do Brasil, como Olinda e Natal, houve panelaços. Em Belo Horizonte, a reportagem do Estado de Minas não registrou manifestações.


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