Youtubers e influenciadores digitais da rede bolsonarista entraram na mira do inquérito sigiloso do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a autoria e o financiamento de atos antidemocráticos ocorridos no mês passado em todo o País - um deles teve a participação do presidente Jair Bolsonaro. Ao enviar o pedido de investigação das manifestações ao STF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, também mencionou os nomes dos deputados Daniel Silveira (PSL-RJ) e Junio Amaral (PSL-MG).
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Ato pró-governo tem faixas com ataques a Congresso e STFSTF: Mello manda oficial de Justiça comunicar Bolsonaro de ação sobre impeachmentABI contesta MP que isenta agentes públicos no STF''Tão loucos mas, ainda bem, tão poucos'', diz Moro sobre bolsonaristas STF opta por voto coletivo em ações contra o governoCelso de Mello deve tirar sigilo de vídeo de reunião ministerial, diz colunistaIsso porque a apuração sobre ameaças a integrantes da Corte ganhou um novo fôlego após os atos do mês passado, marcados por faixas contra o tribunal e o Congresso e por pedidos de uma intervenção militar.
Até agora, ao menos 12 perfis - entre deputados e empresários - já entraram na mira da investigação das fake news. O caso é acompanhado com apreensão pelo Planalto por mirar a militância digital bolsonarista.
Em março, o Estadão revelou que o inquérito das fake news identificou empresários bolsonaristas que estariam financiando ataques contra ministros da Corte nas redes sociais. As investigações estão adiantadas e atingem até mesmo sócios de empresas do setor de comércio e serviços, todos apoiadores de Bolsonaro.
Procurado pela reportagem, o deputado Daniel Silveira disse que as manifestações foram pacíficas. "Não tem nada a ver com o que eles acusam. É constitucional a livre manifestação de pensamentos", afirmou. O gabinete de Junio Amaral não respondeu aos contatos da reportagem.