O presidente Jair Bolsonaro encontrou uma saída para retirar Regina Duarte do cargo de Secretária Especial da Cultura. Nesta quarta-feira(20), o presidente usou as redes sociais para anunciar que a atriz irá assumir a Cinemateca (órgão subordinado à secretaria), em São Paulo, nos próximos dias.
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Bolsonaro negou, justificando que a culpa era da imprensa, ao informar que a atriz estava sendo ''fritada' no governo, conforme vídeo divulgado pelo próprio presidente em suas redes sociais. Para Bolsonaro, o objetivo era apenas o de 'desestabilizar" a sua gestão e ''jogar a gente ( governo) no chão''.
Regina agradeceu a explicação e a indicação para o novo cargo, afirmando que trata-se de 'um presente, um sonho". Segundo a atriz justificou, ela está sentindo muita falta dos filhos, netos e da família. ''Você vai ser muito feliz, com a cinemateca ao lado da sua casa", completou o presidente.
Entre fritura e polêmicas
A atriz Regina Duarte levou um tempo para assumir a Secretaria especial da Cultura, que ela e Bolsonaro classificaram como namoro, noivado e casamento. Já neste momento, antes de assumir o cargo, ela enfrentou desgates com a classe artística, com diversos colegas usando as redes sociais para que ela não dissesse que tinha o apoio deles para participar do governo Bolsonaro.
Após assumir o cargo, no dia 4 de março passado, no discurso de posse, Regina começou a ser desautorizada pelo presidente, afirmando que ele tinha o poder de veto na indicação de cargos na secretaria.
E assim aconteceu com colaboradores sendo vetados, exonerados e nomeados durante esse período de pouco mais de dois meses no comando da Secretaria Especial da Cultura.
Bolsonaro chegou a admitir de público dificuldades de Regina de ocupar o cargo.
A atriz também participou de uma entrevista no canal CNN Brasil, em que deu um 'chilique', de acordo com palavra usada pela própria atriz, e usou de ironia para minimizar a ditadura militar (1964/1985) e a tortura de presos políticos, entre outros assuntos delicados e de forte impacto na sociedade brasileira, como a pandemia do coronavírus.