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Mandetta sobre protocolo de cloroquina: 'Muito distante do minimamente razoável'

'Cadê o pessoal da farmacologia? Cadê o pessoal da dosagem? Tudo muito relativo', afirmou o ex-ministro da Saúde


postado em 20/05/2020 17:57 / atualizado em 20/05/2020 18:26

(foto: Reprodução/Agência Brasil)
(foto: Reprodução/Agência Brasil)
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou, em entrevista para a GloboNews nesta quarta-feira (20), que leu o protocolo divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a ampliação do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina também para pacientes com sintomas leves do novo coronavírus no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele considerou o texto “muito distante do minimamente razoável.”  


De acordo com Mandetta, a dose do medicamento utilizada para o combate ao novo coronavírus é muito maior do que, por exemplo, a usada no tratamento da malária. “Eles aumentam a dose, porque se acredita que a maior quantidade é antiviral”, disse. 

O ex-ministro questionou onde estavam os dados mais científicos no protocolo. “Cadê o pessoal da farmacologia? Cadê o pessoal da dosagem? Tudo muito relativo”, afirmou.

Mandetta ainda relembrou a votação da famosa “pílula do câncer” quando ele ainda era deputado federal pelo Mato Grosso, filiado ao Democratas. “Fui massacrado na época. Não é assim, quando não existe uma comprovação é difícil aprovar. As pessoas acreditam que haja teorias por trás. Que exista um laboratório, alguma coisa que impeça a  aprovação. Mas não é assim”, disse.

O médico ainda elogiou o corpo de funcionários técnicos do Ministério da Saúde: “O ministério tem grandes técnicos, todos concursados. É preciso colocar os melhores talentos nos devidos lugares.”
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina


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