Na reunião que aconteceu em Brasília, nesta quinta-feira, entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido ), os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e governadores, por videocobferência, o senador do Democratas disse que "está na hora de levantarmos a bandeira branca", ao defender o projeto de lei aprovado pelo Congresso de ajuda de R$ 60 bilhões a estados e municípios.
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A reunião aconteceu em clima de cordialidade, ao contrário da última reunião do presidente com os governadores.
Entre os governadores que falaram, o de São Paulo, João Doria (PSDB), também usou de um tom amistoso. Ele também usou a expressão "bandeira branca" e conclamou: " vamos juntos em paz".
Maia, por sua, vez, disse que "primeiro, vamos salvar vidas e em um segundo momento, a recuperação econômica e os empregos". Fala endossada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).
Em entrevista à GloboNews, Casagrande disse que "a circustância está apertando o presidente". "Ele pode até não acreditar na ciência, mas já perdemos mais de 16 mil pessoas", ponderou o governador capixaba.
Pontes
Alcolumbre disse ainda que o país também espera dos governantese lidernças políticas que construam "pontes, acima de ideologias e partidos" para que o Brasil possa "vencer essa guerra".
Discórdia
A discórdia entre Congresso e governadores é a questão do reajuste do salário dos servidores. O presidente ainda não se definiu se irá vetar ou não. Governadores são contrários de reajustes salariais.
O plenário do Senado aprovou algumas mudanças feitas pela Câmara dos Deputados ao projeto de ajuda financeira a estados e municípios. Entre elas, a inclusão das Polícias Federal e Rodoviária Federal, das guardas municipais, dos agentes socioeducativos, dos profissionais da educação, limpeza urbana, assistência social e dos profissionais da saúde da União nas categorias que terão reajuste salarial e outros benefícios, como quinquênios durante a crise do coronavírus.
Pauta
Na pauta do encontroda manhã desta quinta-feira (21), a sanção do projeto de socorro a entes federativos e o veto ao trecho sobre o reajuste salarial para servidores públicos até o fim de 2021.
Em um sinal de reaproximação, após críticas em série à atuação dos chefes estaduais, Bolsonaro quer buscar um acordo com os governadores sobre veto que barraria a possibilidade de reajuste dos salários no funcionalismo público. O prazo para sancionar o projeto de socorro aos Estados acaba no dia 27.
Além dos chefes estaduais, participam do encontro virtual, os ministros: Paulo Guedes (Economia), Fernando Azevedo (Defesa), Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral).