O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, não opinou sobre o levantamento ou não do sigilo do vídeo da reunião ministerial realizada no dia 22 de abril e que serviu de base para as denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre suposta intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Indagado sobre se defendia ou não essa liberação, em webinário promovido pela manhã pelo Lide, Toffoli disse que opinar sobre o caso, que está nas mãos do decano da Corte, seria um desrespeito a Celso de Mello.
Ao falar sobre o decano, o presidente do Supremo teceu elogios a ele, dizendo que ele é uma das maiores autoridades morais deste País. "Tem seriedade, conhece todas as constituições do mundo de cabeça. É um privilégio presidir uma corte com alguém da estatura de um Celso de Mello. O caso está em boas mãos", emendou.
Toffoli foi indagado também sobre o encaminhamento de três notícias-crime por Celso de Mello à PGR, apresentadas pelo PT, PDT, PSB E PV no âmbito do inquérito que apura a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Entre as medidas solicitadas pelos parlamentares e partidos de oposição e encaminhadas ao Ministério Público Federal (MPF), estão o depoimento do presidente, e a busca e apreensão do celular dele e de seu filho, Carlos Bolsonaro, para perícia. "Houve uma provocação, o encaminhamento do pedido dos parlamentares é normal, encaminhou ao doutor Aras Augusto Aras, da PGR, que é muito correto também. O Aras atua em silêncio, cumprindo as sua funções", destacou.