O ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, autorizou a liberação do vídeo da reunião ministerial realizada no Palácio do Planalto, em 22 de abril, e que serviu de base para inquérito que investiga as denúncias do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro sobre suposta intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Em determinado momento do encontro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, fala em prender ministros da Suprema Corte.
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Mais ataques
Exaltado, o ministro da Educação afirma, ainda, ‘odiar’ termos que classificam minorias étnicas, como indígenas e ciganos.“Odeio o termo povos indígenas. Odeio esse termo. Odeio. (Odeio o termo) Povos ciganos… Só tem um povo neste país. Quer, quer, não quer sai de ré. É povo brasileiro. Só tem um povo. Pode ser preto, branco, japonês ou descendente de índio, mas tem que ser brasileiro. Acabar com esse negócio de povos e privilégios. Só pode ter um povo. Não pode ter ministro que acha que é melhor que o povo e o cidadão. É um absurdo”.
Segundo Weintraub, um “Partido Comunista”, que ele não especifica qual, tem o objetivo de “colonizar” o Brasil.