O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, que iria interferir no trabalho das forças de inteligência. Ele classifica o departamento como ‘uma vergonha’ e reclama por não receber informações.
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Bolsonaro diz, ainda, que deu o ‘poder de veto’ aos integrantes da cúpula ministerial, mas que o panorama se alterou. “Dei os ministérios para os senhores. O poder de veto. Mudou agora. Tem que mudar, pô. E eu quero, é realmente, é governar o Brasil. Não, é o problema de todos aqui, como disse o (Rogério, Ministro do Desenvolvimento Regional) Marinho, né? É o mesmo barquinho, é o mesmo barco. Se alguém cavar o porão, vai todo mundo para o saco aqui, vai todo mundo morrer afogado”.
Como exemplo, ele cita as trocas no comando do Inmetro. “Quando explodiu o Inmetro, conversei com o Paulo Guedes. Uma, desculpe o linguajar, putaria! Putaria o INMETRO! Trocar tacógrafo, trocar taxímetro, botar chip na bomba de combustível, putaria! Igualzinho a tomada de três pinos. Tá muito bem agora lá. A imprensa enfiou a porrada. "Ah, botou um coronel (na presidência da entidade)". O coronel (Marcos Heleno Guerson) é formado pelo IME. Não ia botar um coronel sem formação, tá?”, questiona.