Partidos de oposição da Câmara assinaram nesta sexta-feira, 22, nota conjunta de repúdio às declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e ministros de Estado na reunião de 22 de abril. O texto é assinado pelo PDT, PCdoB, PSOL, PSB, PT e Rede. O grupo reforça o pedido de impeachment de Bolsonaro, além de repudiar a nota publicada por Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sobre possível apreensão do celular do presidente.
"A reunião ministerial revela o baixo nível dos integrantes do atual governo. Como bárbaros, jogam a República no caos, desrespeitam as leis, as instituições e ignoram a Constituição", afirmam na nota. Para a oposição, o vídeo "acelera a crise institucional, pois revela nitidamente como Bolsonaro e seus ministros desprezam as instituições e o povo brasileiro".
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Bolsonaro cometeu crime na reunião ministerial de 22 de abril? juristas comentamO que disseram o presidente e seus ministrosEm vídeo, Bolsonaro pressiona Moro'Nosso futuro é um jogo para eles', diz Greta Thunberg sobre ministro Ricardo Salles"O processo de impeachment de Bolsonaro deve ser aberto o mais rápido possível, para a retirada de um presidente incapaz, irresponsável e danoso ao país". O Congresso acumula 35 pedidos de impeachment de Bolsonaro - o último foi protocolado na quinta-feira (20).
Além disso, para as legendas de oposição, a "nota à nação brasileira" de Heleno, publicada com aval do presidente, é um ataque "inaceitável" ao Supremo Tribunal Federal. Nesta sexta-feira, o ministro divulgou texto em que alerta autoridades para "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional", caso o telefone de Bolsonaro seja entregue para análise.
Na visão dos partidos, as manifestações de Heleno são "contrárias aos preceitos democráticos". Ressaltam ainda que "nenhuma autoridade está acima da Constituição e das leis".