O presidente Jair Bolsonaro participava, nesta segunda-feira (25), por meio de videoconferência e no Palácio do Planalto, da solenidade de posse do novo procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena. Mas resolveu ir pessoalmente ao evento participar do evento, o que não estava previsto.
Vilhena foi empossado, por videoconferência, pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para o biênio 2020-2022. Mas, ao final do evento, o chefe do Executivo parabenizou Vilhena e afirmou que iria até a sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), onde acontecia o evento de posse, "apertar a mão" Vilhena.
"É uma satisfação participar, mesmo por videoconferência, de um evento como esse. Cada vez mais nosso MP se mostra completamente inteirado com o destino da nossa nação. Um grande homem soma-se nesse momento a essa posição e nós desejamos a ele e a todos os integrantes do MP muito sucesso para o bem do nosso Brasil. Se me permite a ousadia, se me convidar eu vou agora aí apertar a mão do nosso novo integrante desse colegiado maravilhoso aí da PGR”, disse Bolsonaro.
Aras então respondeu que Bolsonaro estava convidado. “Estaremos esperando vossa excelência, com a alegria de sempre”, afirmou. O presidente então levantou e seguiu para o encontro, onde ficou cerca de 10 minutos no local e depois retornou ao Palácio do Planalto.
Aras decidirá sobre apreensão de celular
O encontro fora da agenda ocorre três dias após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello enviar para Aras um pedido de apreensão do celular de Bolsonaro.
Os despachos seguem curso natural de três notícias-crime que foram apresentadas por partidos políticos e pedem novas diligências para apurar se o presidente tentou interferir na Polícia Federal.
O pedido foi feito por parlamentares da oposição e não significa que o presidente terá o celular apreendido. Essa decisão será do PGR. Mello seguiu o que diz a lei ao encaminhar a decisão (se há necessidade da perícia) ao chefe do Ministério Público.