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Estado de Minas ANTIDEMOCRÁTICO

Vídeo pede intervenção militar com Bolsonaro e viraliza

Animação apócrifa usa cartuns de artistas como Laerte Coutinho, que denunciou o conteúdo, replicado em inúmeras contas nas redes sociais


postado em 25/05/2020 17:09 / atualizado em 25/05/2020 17:30

(foto: Vídeo usa imagens adquiridas ilegalmente para pedir intervenção militar com o presidente Jair Bolsonaro para promover fim da corrupção)
(foto: Vídeo usa imagens adquiridas ilegalmente para pedir intervenção militar com o presidente Jair Bolsonaro para promover fim da corrupção)

Um vídeo que clama que a população ocupe as frentes dos quartéis para demandar intervenção militar e classifica erroneamente a Constituição de 1988 de socialista começou a ser espalhado nas redes sociais e a incomodar artistas. A animação identificada com a tag #intervencaomilitarcombolsonaronopoder passou a ser disseminada há cerca de duas semanas e ganhou força nas últimas 24 horas, especialmente em apps de trocas de mensagens. 

 

Com um narrador não identificado, a peça defende que seja declarado apoio aos militares, por parte da população, para que ela seja "ouvida", e uma necessidade de "correção" da Constituição para liberar armamentos, proibir aborto e mudar parâmetros da prisão em segunda instância.

Negando qualquer caráter ditatorial de intervenções do gênero, o conteúdo utiliza, sem autorizaçao, cartuns de autores como Carlos Latuff e Laerte Coutinho. Nas redes sociais, Coutinho pede ajuda para denunciar o material, que classifica como fascista.

 

O material não tem autoria explícita, mas um dos primeiros registros públicos de sua publicação se deu no canal Dr Marcelo Frazão, que se apresenta como cientista, conferencista Internacional, professor universitário, escritor de política econômica, sociedade, engenheiro agrônomo, consultor de gestão ambiental, executivo de marketing e empresário. O canal conta com 164 mil inscritos e exibe algumas centenas de comentários em favor da ideia. 

 

Marcelo Frazão é conhecido da rede bolsonarista e já teve desentendimentos com figuras de influência do meio, a exemplo de Mauro Fagundes e Alan dos Santos. O grupo de denúncias contra monetização de sites que divulguem fake news denunciou o canal em questão na tarde desta segunda-feira (25/5). 


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