O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou, nesta terça, 24, notícia-crime apresentada por parlamentares do PT contra a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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'Governadores estão superfaturando e têm de ter medo', diz Carla ZambelliCarla Zambelli nega que soube antecipadamente de operação da PF contra WitzelZambelli diz que Moro preferia condenar o PT e protegia o PSDBMais de trinta políticos petistas entraram com a representação, junto ao STF, pedindo que seja aberto inquérito para apurar supostos crimes de tráfico de influência e advocacia administrativa cometidos pela deputada.
O requerimento foi protocolado no final de abril, dias após o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, ter divulgado mensagens nas quais a deputada tenta convencê-lo a permanecer no cargo. Moro deixou o governo alegando que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. As conversas com Carla Zambelli foram incluídas como provas da investigação, que também conta com depoimentos do próprio ex-ministro e da deputada.
Ao tomar conhecimento do pedido de demissão eminente, Zambelli tenta demover Moro da decisão e se prontifica a falar com o presidente para indicá-lo a uma vaga no STF. "Vá em setembro para o STF. Eu me comprometo a ajudar. A fazer o JB prometer", escreveu Zambelli em mensagem de WhatsApp. "Prezada, não estou à venda", responde Moro.
Caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, analisar a notícias-crime e se manifestar sobre o pedido de abertura de investigação. A decisão sobre permitir ou não o início de um inquérito contra a deputada será do decano.