O Governo de Minas deu, nesta terça-feira, mais um passo no processo de privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Por meio de um comunicado oficial de "fato relevante", a Copasa informou a seus acionistas e ao mercado em geral que o Governo Estadual está autorizado a realizar consulta “visando à contratação de serviços técnicos necessários à estruturação e implementação do processo de desestatização” da empresa.
A desestatização de empresas como Copasa e Cemig são desejos do governador Romeu Zema (Novo). Em novembro do ano passado, o governo estadual editou o Decreto 47.766/19, implementando a Política Estadual de Desestatização e criando o Conselho Mineiro de Desestatização (CMD).
Fim do contrato com a PBH
A venda da Copasa pode significar o fim da prestação de serviços para a Prefeitura de Belo Horizonte, que, atualmente, paga à estatal R$400 milhões por ano.
O Estado de Minas apurou que no contrato com a PBH existe a previsão de que, em caso de privatização da Copasa, a concessão para fornecimento de água para a capital não seguirá para o comprador da empresa. Neste caso, o direito sobre os serviços de saneamento seguiriam para o Município.
Em outubro de 2019, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) disse em entrevista que o valor arrecadado com a prestação dos serviços à PBH corresponde a 60% do faturamento da Copasa.