Depois de classificar a Operação Placebo, da Polícia Federal (PF), como um ato de perseguição política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmar que é inocente, o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) desafiou o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). A operação mira supostas fraudes em contratos de hospitais de campanha no Rio de Janeiro.
Leia Mais
Helena Witzel diz que operação da PF no Rio teve motivação políticaFlávio Bolsonaro diz que "tem muita coisa para vir" contra WitzelWilson Witzel é alvo da Polícia Federal em suspeita de corrupção na construção de hospitais de campanhas'Vai ter mais', diz Bolsonaro sobre ação da PF no Rio"Bolsonaro é um risco, mas é fraco", diz professor de HarvardMPF abre inquérito para investigar repasse de verbas para sites ideológicosPelo Twitter, o governador disse que seus sigilos bancário e telefônico estão à disposição da Justiça e pediu que o filho do presidente fizesse o mesmo.
"Senador Flávio Bolsonaro, o senhor, que some com o Queiroz e foge da Justiça, faça como eu: abra seus sigilos bancário e telefônico e deixe que investiguem sua rachadinha e da sua família. Meu sigilo está à disposição da Justiça. Aguardo o seu. Quem não deve não teme", publicou o governador fluminense.
Durante todo o dia, Witzel e Flávio trocaram farpas depois que a PF cumpriu mandado de busca e apreensão do Superior Tribunal de Justiça em vários endereços ligados ao governador e sua esposa, a advogada Helena Witzel.
Flávio disse que se arrependia de ter ajudado o ex-juiz a se eleger. "Como eu me arrependo de ter, eu, te elegido governador. Quantas caminhadas você chegava do nada para me acompanhar? Você não me deu um voto. Você ficava ligando para o Queiroz. Um cara correto, trabalhador, dando sangue por aquilo em que acredita", disse o senador.
Essa foi uma das poucas vezes em que Flávio Bolsonaro faz um elogio público a Fabrício Queiroz, que é o responsável pela investigação aberta contra o senador. A última vez foi em 6 de dezembro de 2018. Desde a última menção, Flávio vem tentando se desvincular do policial aposentado.
Mais cedo, em pronunciamento no Palácio Laranjeiras, sua residência oficial, Wilson Witzel chamou o presidente de fascista e disse que o senador Flávio Bolsonaro deveria estar preso.