O presidente Jair Bolsonaro se reunirá nesta quarta-feira (27) com o ministro da Educação, Abraham Weintraub. O encontro ocorre no momento em que o ministro é cobrado por suas declarações polêmicas na reunião ministerial de 22 de abril.
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Também ontem, o Ministério Público Federal (MPF) pediu esclarecimentos de Weintraub sobre uma outra declaração dada por ele na mesma reunião, sobre povos indígenas e ciganos. "Odeio o termo 'povos indígenas', odeio esse termo. Odeio. O 'povo cigano'. É povo brasileiro, só tem um povo", disse o ministro na ocasião, ao defender "acabar com esse negócio de povos e privilégios".
Pela agenda oficial, Bolsonaro recebe o Weintraub no Planalto a partir das 14h30. Ontem, o presidente evitou responder perguntas sobre o ministro ao falar na frente do Palácio da Alvorada. Na entrevista no fim da tarde, no retorno à residência oficial, Bolsonaro encerrou sua fala ao ser questionado sobre a decisão de Alexandre de Moraes de cobrar explicações de Weintraub.
No Legislativo, o ministro da Educação também é cobrado da dar esclarecimentos. O Senado aprovou na segunda-feira (25) a convocação de Weintraub. O chefe da pasta da Educação será obrigado a comparecer na Casa, em data a ser definida, para prestar explicações aos parlamentares sobre suas falas na reunião ministerial.
Além disso, lideranças partidárias se uniram para pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigação de Weintraub por suposto crime de responsabilidade cometido por ele durante o encontro de 22 de abril. Deputados do Cidadania, PCdoB, PT, PSOL, Rede, PDT, PSB, além dos líderes da minoria e da oposição assinaram o pedido protocolado na tarde desta terça.