A ativista bolsonarista Sara Winter foi alvo de busca e apreensão na operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (27). Depois de ter seu tablet, notebook e celular apreendidos pela corporação, a youtuber postou um vídeo fazendo ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Nas imagens ela chama o magistrado de “arrombado” e diz que descobrirá tudo sobre a vida dele, incluindo lugares onde frequenta e o nome de funcionários que trabalham na residência dele. Mas, afinal, quem é Sara Winter?
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Em 2015, começou a participar de um grupo chamado “Pró-Mulher” e, desde então, começou a militar contra as pautas que defendia anteriormente. Principalmente sobre a construção social dos gêneros, feminismo e aborto.
Sara é uma das principais militantes em questões de políticas de direita e conservadoras ligadas às mulheres.
Em 2015, começou a participar de um grupo chamado “Pró-Mulher” e, desde então, começou a militar contra as pautas que defendia anteriormente. Principalmente sobre a construção social dos gêneros, feminismo e aborto.
Sara é uma das principais militantes em questões de políticas de direita e conservadoras ligadas às mulheres.
Em 2019, ela chegou a ser coordenadora de políticas de maternidade do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro.
Em seu site oficial, Sara se diz ser palestrante e escritora que “militava contra o cristianismo, em favor da homossexualidade e do aborto”. A militante sofreu um aborto e por isso alega que “se converteu ao cristianismo e escreveu seu primeiro livro, no qual narra os bastidores e os fatos pouco conhecidos do feminismo no Brasil”.
Acampamento 300 do Brasil
Em Brasília, Sara Winter é responsável pelo acampamento 300 do Brasil. O grupo se intitula “o maior acampamento de ações estratégicas contra a corrupção e a esquerda do mundo”.
O acampamento é o principal incentivador dos recentes protestos antidemocráticos na Esplanada a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
O acampamento é o principal incentivador dos recentes protestos antidemocráticos na Esplanada a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Sara chegou a declarar que os integrantes possuem armas, o que acabou entrando na mira de autoridades, como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e a Polícia Civil (PCDF).
Ela é a principal responsável pelo recrutamento de membros para engrossar as fileiras do movimento. Encontrava no WhatsApp a forma de atingir o maior número de adeptos. Além de usar as redes sociais e grupos de militância. Os convidados, de vários estados, eram influenciados a viajar até Brasília.
Para garantir a segurança e evitar infiltrados, os integrantes do 300 do Brasil desenvolveram mecanismos de pesquisa em que levantam toda a vida pregressa de cada aspirante. Entre eles, se a pessoa é ou foi jornalista de qualquer tipo de veículo de comunicação ou se integrou partido político de esquerda. Informações como estado civil e grau de escolaridade também passam pelo crivo da organização.
Sara Winter x Carla Zambelli
Em 2019, Sara publicou um vídeo no Youtube em que afirma que Carla Zambelli, assim como a própria, já foi ativista do Femen. Nas imagens, chega a dizer que a deputada praticou um aborto em 31 de dezembro de 2012, quando estaria na 12ª semana de gravidez.
Após a publicação do vídeo, Zambelli processou Sara pelos crimes de calúnia, injúria e difamação. Se condenada, a militante pode pegar até três anos e meio de detenção.
Vale relembrar, que Sara e Carla eram amigas e até mesmo participavam de manifestações juntas.
Big Brother Brasil
Em 2014, a ativista tentou uma vaga para participar do programa da TV Globo Big Brother Brasil (BBB). No vídeo enviado a produção, ela afirma que defende a luta contra o “machismo em geral” . Na época, afirmou responder por 12 processos criminais de atos obscenos e vandalismo. Também disse que chegou a ser prostituta por 10 meses.
A ativista, inclusive, já tentou invadir a Casa de Vidro do BBB em um shopping em São Paulo. Na época, afirmou que tentava fazer com que as pessoas se interessarem por outros temas.
Winter x Moraes
Em um vídeo de 30 minutos, a ativista, que foi alvo de busca e apreensão na operação desta quarta-feira da Polícia Federal, fez duros ataques ao ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a ação. Saraafirma após a ida de policiais a sua casa que descobrirá tudo sobre a vida do magistrado. "Nunca mais vai ter paz na sua vida”, ameaça.
“Não vão me calar, de maneira nenhuma. Pelo contrário. Eu sou uma pessoa extremamente resiliente. Pois agora...Pena que ele mora em São Paulo. Porque se ele morasse aqui eu já estava na frente da casa dele convidando para trocar soco comigo. Juro por Deus. Essa é a minha vontade. Queria trocar soco com esse fdp (xingamento), esse arrombado. Infelizmente, não posso. Ele mora lá em SP, não é? Pois você me aguarde, sr. Alexandre de Moraes. Nunca mais vai ter paz na sua vida. A gente vai infernizar sua vida, vamos descobrir os lugares que o senhor frequenta, a gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor... A gente vai descobrir tudo da sua vida até o senhor pedir para sair. Hoje o sr. tomou a pior decisão da sua vida”, diz.
Nas redes sociais, logo após a PF deixar sua casa, ela chamou o ministro Alexandre de Moraes de "covarde".
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina