Na decisão que autorizou o cumprimento, por parte da Polícia Federal, de uma série de mandados de busca e apreensão, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou um relatório, feito pela PF, que detalha um mecanismo coordenado de criação e divulgação de ataques à Corte. Segundo o documento, o blogueiro Allan do Santos, o deputado estadual paulista Gil Diniz (PSL), o parlamentar federal Filipe Barros (PSL-PR) têm papel central no esquema. Ao todo, onze contas no Twitter são citadas como parte da estratégia.
Os peritos concluíram que os influenciadores escolhiam um tema e, mesmo sem criar hastags, utilizavam seus seguidores para impulsionar os assuntos. “Desta forma, os perfis influenciadores não apareceriam como criadores da hashtag que simboliza o ataque”, explica Moraes.
Os ataques ao STF, por exemplo, começaram em 7 de novembro do ano passado, por meio de uma hastag que chamava o Supremo de “vergonha nacional” e pedindo o impeachment dos ministros. A princípio, a tag que reivindicava a saída de um dos magistrados da Corte, Gilmar Mendes, não foi utilizada pelos influenciadores. Os seguidores, no entanto, começaram a abordar o tema fazendo uso da #ImpeachmentGilmarMendes.
Três dias depois, em 10 de novembro, os influenciadores começaram a utilizar, de modo coordenado, a hastag, levando o assunto à versão brasileira dos Trending Topics, que reúne as temáticas mais debatidas pelos usuários do site em determinado local. “Uma vez que uma hashtag alcança os Trending Topics, sua visualização é ampliada significativamente para fora da ‘bolha’, alcançando muitos outros usuários, que não são seguidores dos influenciadores iniciais”, pontua, na decisão, Alexandre de Moraes.
Para entender o funcionamento do esquema, os peritos do STF pesquisaram diversas hastags que atacavam a Corte, sobretudo entre 7 e 19 de novembro. Uma delas, inclusive, chamava o Tribunal de “escritório do crime”.
Também presente no ‘diagrama das fake news’, Leandro Ruschel é seguido por 404,3 perfis. Em sua página, ele se diz “especialista em investimentos” e “apaixonado por filosofia e ciência política”. O relatório cita, ainda, os perfis apócrifos “Bolsonéas”, “Patriotas”, “TeAtualizei”, “Crítica Nacional”, “Letf Dex” e “Faka”. As duas últimas contas, inclusive, não existem mais na base de dados do Twitter.
Um dos empreendedores alvo da operação de busca e apreensão é Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. O proprietário das academias de ginástica SmartFit, Edgar Corona, é outro dos empresários citados.
Freire afirma, inclusive, que o gabinete do óbio é um núcleo composto, inclusive, por assessores especiais de Bolsonaro, e responsável por propagar, com o auxílio de páginas e perfis na web, as mensagens falsas.
Os peritos concluíram que os influenciadores escolhiam um tema e, mesmo sem criar hastags, utilizavam seus seguidores para impulsionar os assuntos. “Desta forma, os perfis influenciadores não apareceriam como criadores da hashtag que simboliza o ataque”, explica Moraes.
Os ataques ao STF, por exemplo, começaram em 7 de novembro do ano passado, por meio de uma hastag que chamava o Supremo de “vergonha nacional” e pedindo o impeachment dos ministros. A princípio, a tag que reivindicava a saída de um dos magistrados da Corte, Gilmar Mendes, não foi utilizada pelos influenciadores. Os seguidores, no entanto, começaram a abordar o tema fazendo uso da #ImpeachmentGilmarMendes.
Três dias depois, em 10 de novembro, os influenciadores começaram a utilizar, de modo coordenado, a hastag, levando o assunto à versão brasileira dos Trending Topics, que reúne as temáticas mais debatidas pelos usuários do site em determinado local. “Uma vez que uma hashtag alcança os Trending Topics, sua visualização é ampliada significativamente para fora da ‘bolha’, alcançando muitos outros usuários, que não são seguidores dos influenciadores iniciais”, pontua, na decisão, Alexandre de Moraes.
Para entender o funcionamento do esquema, os peritos do STF pesquisaram diversas hastags que atacavam a Corte, sobretudo entre 7 e 19 de novembro. Uma delas, inclusive, chamava o Tribunal de “escritório do crime”.
Alcance dos perfis
O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, por exemplo, tem 328,6 mil seguidores em seu perfil pessoal no Twitter. A páigna do Terça Livre, liderada por ele, soma 269,4 mil. Os deputados Gil Diniz e Filipe Barros são acompanhados, respectivamente, por 153,1 mil e 295,8 mil contas.Também presente no ‘diagrama das fake news’, Leandro Ruschel é seguido por 404,3 perfis. Em sua página, ele se diz “especialista em investimentos” e “apaixonado por filosofia e ciência política”. O relatório cita, ainda, os perfis apócrifos “Bolsonéas”, “Patriotas”, “TeAtualizei”, “Crítica Nacional”, “Letf Dex” e “Faka”. As duas últimas contas, inclusive, não existem mais na base de dados do Twitter.
Empresários e robôs
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes cita indícios que evidenciam a participação de empresários no esquema de disseminação das notícias falsas. Eles seriam responsáveis por financiar os mecanismos de proliferação das fake news. O texto aponta, ainda, a utilização de robôs.Um dos empreendedores alvo da operação de busca e apreensão é Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. O proprietário das academias de ginástica SmartFit, Edgar Corona, é outro dos empresários citados.
Gabinete do ódio é “organização criminosa”
A decisão de Moraes contém trechos de depoimentos concedidos pelos ex-bolsonaristas Alexandre Frota e Joice Hasselmann, deputados federais pelo PSL paulista. Outro a falar é Heitor Freire (PSL-CE). Todos dizem que o esquema das fake news está atrelado ao “gabinete do ódio”, chamado de “organização criminosa” pelo magistrado.Freire afirma, inclusive, que o gabinete do óbio é um núcleo composto, inclusive, por assessores especiais de Bolsonaro, e responsável por propagar, com o auxílio de páginas e perfis na web, as mensagens falsas.